CORDILHEIRA DOS ANDES

CORDILHEIRA DOS ANDES
Complexo Hoteleiro localizado na Cordilheira dos Andes, na estação Valle Nevado em Santiago do Chile - Foto 03.05.2012

quarta-feira, 2 de março de 2011

O Agricultor, Sua Majestade.

O Planeta Terra começa apresentar sinais perigosos de instabilidades e conflitos sociais como as guerras, ditaduras civis e militares, massas humanas se devorando entre si, concorrendo com o ódio e intolerância contra seus semelhantes em todos os sentidos além dos sinais naturais de instabilidade como terremotos, inundações, tempestades, o que muito deve merecer reflexão a fim de mudar o curso do comportamento humano.
O Planeta também está faminto. Sim, a fome saciada pela produção de alimentos a partir da lavoura, da terra plantada pelo homem do campo, sua majestade, deve merecer pronta análise.
A História começa em 1970 e me estendo até 2010. Durante este período de 40 anos, a população mundial dobrou enquanto as terras agriculturáveis se mantiveram inalteradas. Este fato nos remete a conclusão de que a engenharia da produção do campo foi aprimorada tecnologicamente. Mais pessoas comem e vivem e menos terra agriculturável. Somam-se os 115 milhões de hectares de reserva ambiental e de 109,1 milhões de hectares de reservas indígenas.
Outra realidade constatada é que o Brasil nos últimos 35 anos se transformou de importador em um dos maiores exportadores de alimentos, utilizando tão somente 9% do seu território. Durante o período de 1976 até 2010, a área plantada de grãos oleonígenas, tais como soja, milho, arroz, girassol, etc, aumentou em 27% mantendo inalterado o patamar dos 9% do território plantado. Neste período a produção de grãos aumentou em espantosos 213%, ou seja a produtividade aumentou duas vezes e meia no período sobre a mesma área de palantio.
A engenharia de produção permitiu aos agricultores que pudessem produzir 3,51 vezes mais arroz; 3,04 vezes mais milho; 2,18 vezes mais feijão; 1,90 vezes mais soja e 2,92 vezes mais trigo. Não tivemos acesso aos índices de produção de uva por hectare no mesmo período.
Em 1940, um agricultor produzia alimento para 40 pessoas. Este número subiu 73 pessoas em 1970. Já em 2010, cada agricultor passou a alimentar 155 pessoas com sua produção. Estamos falando da engenharia de produção do homem do campo mecanizado. O grande agricultor. Por outro lado a agricultura familiar não ficou para traz. Entre 1985 a 2005, a produção brasileira de hortaliças aumentou 10, 905 para 22, 503 toneladas por hectare. Este processo da agricultura familiar também contribuiu para que a cesta básica caísse pela metade do preço no período de 1975 a 2010. O Agronegócio respondeu também pelo superávit da balança comercial brasileira, cujo setor emprega 1 em cada 3 trabalhadores no país. Em outras palavras, representa dizer que o agronegócio emprega 37% da força do trabalho do país.
Outro fato interessante que também merece ser destacado. Até o ano de 2020, a produção de energia, a partir do bagaço da cana de açúcar, poderá alcançar níveis semelhantes à produção de energia elétrica gerada pela Itaipu. Até porque, a produção de cana de açúcar entre 1975 a 2010 aumentou de 89 para 696 milhões de toneladas em 2010, ocupando menos de 1% do território brasileiro, sem que este fenômeno viesse esgotar o solo face ao plantio direto.
É admirável que o agricultor tenha tantas coisas boas em suas ações, se preocupando inclusive com o meio ambiente a fim de preservar seu habitat natural. Vale lembrar ainda que o agricultor retira mais de 93% das embalagens plásticas utilizadas na lavoura. O Brasil deverá atender 40% da demanda de consumo de alimentos até 2020. Por tudo isto, o nosso agricultor merece nosso aplauso e nosso reconhecimento embora muitas vezes esquecido pelas políticas públicas nacionais.
E-mail: cos.schneider@gmail.com Fonte dos números: Basf do Brasil

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