CORDILHEIRA DOS ANDES

CORDILHEIRA DOS ANDES
Complexo Hoteleiro localizado na Cordilheira dos Andes, na estação Valle Nevado em Santiago do Chile - Foto 03.05.2012

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A Graça do Resultado.

As eleições sem dúvida representam o verdadeiro exercício da democracia quando o jogo é limpo e disputado de igual para igual, que certamente não aconteceu nestas eleições, muito menos de outras das quais não participei como agente envolvida.
O evento propaganda eleitoral é escandaloso quando os próprios signatários ou postulantes dos cargos públicos, responsáveis por edição de leis, são os que ofendem a lei. Em todo o país, sobretudo nas grandes cidades brasileiras, as placas ou cavaletes jogados por cabos eleitorais em praças públicas ou beira de rodovias é um verdadeiro festival de poluição visual. Estas práticas não deveriam ser contempladas com o voto do eleitor. Clara é a demonstração do desinteresse destes candidatos em preservar a desordem pública.
A propaganda política de rádio e televisão foi marcada por episódio que arrancou gargalhada dos telespectadores protagonizados por alguns candidatos, enquanto outros foram contemplados com admiração. Curiosidades me parecem relevantes como o caso de candidatos a presidência da república ocuparem os espaços de propaganda política dos candidatos a deputado estadual e federal nos Estados não parece justo. Outros que apareceram nem candidato são, mas dirigentes partidários que se fizeram presente na propaganda política eleitoral como se estivessem disputando cargos eletivos, retirando o direito dos postulantes políticos regionais em defesa de seus programas de governo. Aliás, a propaganda política é exatamente para isto. O PV, PMN, PT foram os dois partidos que trouxeram agentes externos nos espaços políticos de seus candidatos regionais a fim de ocupá-los.
O Ministério Público por sua vez, como fiscal da lei não atende mais a expectativa da população. Quando autor de uma ação pública eleitoral fica duplamente complicado. Primeiro não se sabe ao certo da intenção da ação e, segundo, se não é coisa de perseguição política partidária.
A grande gritaria é contra as pesquisas eleitorais. Como em nenhuma outra eleição anterior, desta feita até o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná proibiu este método de resultados eleitorais fabricados pelos institutos de pesquisa vergonhosamente. É um deboche.
Confesso que tive acesso aos métodos de elaboração das pesquisas pelos institutos que entrevistam as pessoas a fim de elaborar os resultados e fiquei perplexa. O método consiste em selecionar municípios governados por determinados partidos políticos ditos de “ponta”, que não contratam pesquisas que fica por conta de alguns órgãos de imprensa para que estes completem o jogo. Induzem o voto, falsificam vontades, praticam verdadeiro crime eleitoral, pois assim agindo não precisamos mais de urna para votar. Basta contratar institutos de pesquisa e o “jogo” estará encerrado. Em outras palavras retiram a graça do resultado eleitoral induzindo o eleitor ao erro. Pesquisa eleitoral é uma grande farsa. Por fim deixar meu abraço e votos de um FELIZ ANIVERSÁRIO ao titular da coluna Carlos Schneider neste dia 01.10 Interina: Rosângela Schneider. E-amil:cos.schneider@gmail.com

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

As Fronteiras da Liberdade

A Europa é continente que protagonizou e protagoniza os mais incríveis movimentos sociais que fazem dos livros de história passar por momentos constrangedores. Os movimentos sociais, daquele continente, enfrentaram resistências violentas, foram alvos de experimentos políticos, sofrimentos impostos à população por movimentos bélicos assim por diante.
No século XV, Matinez de Paschoale, cidadão de origem judaica, foi compelido a se converter ao cristianismo sob pena de desterro. Embora tenha se submetido ao novo regime de credo imposto por decreto real, inovou conceito afirmando que o ato real era expressão da ausência da liberdade de crença. Sob tal prisma nasce um fragmento fraseológico, inovado por Martinez de Paschoale afirmando se tratar da absoluta ausência da “Liberdade”, “Fraternidade” e “Humanidade”, atributos normalmente atribuído aos intrépidos franceses como se oriunda da revolução francesa.
A França como país das liberdades duvidosas e racistas, vem ao palco protagonizar novo episódio que vai inflar ainda mais os já acirrados conflitos de credo em solo Frances. No dia 14.09.10 foi aprovado naquele parlamento a lei que proíbe o uso da burka em espaço público pelas mulheres islãmicas. A burka é véu que cobre o rosto feminino praticantes da religião islâmica e que a partir de 2011 passa a ser proibido seu uso em território frances. Ainda durante o dia de ontem, após a publicação da lei que aguarda seu trâmite normal, a França tremeu em seu território sob a ameaça de bomba em espaços públicos, no caso nas imediações da Torre Eiffel, ato que pode ser atribuído como retaliação por violação de costumes e credo religioso.
Francamente percebo grande perigo no mundo habitado pelos humanos, preocupados em dominar seus semelhantes a lhes assegurar os direitos e garantias individuais. O Presidente Frances Nicolas Sarkozi vem protagonizando os mais pizarros espetáculos pirotécnicos na comunidade européia. Certamente seus atos bem como os do parlamento, trarão ao solo Frances conseqüências indesejáveis e perigosas acirrando ainda mais os ânimos já exaltados por práticas políticas e legislativas que ofendem o culto e a liberdade de credo pelos praticantes da religião islâmica.
Como escola do primeiro mundo, a França irradiou seus efeitos para os confins de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. A tradição gaúcha, sobretudo em tempos comemorativos da Revolução Farroupilha, é momento de devoção e culto à Pátria Gaúcha. A Escola São José de Caxias do Sul, na serra gaúcha, vergonhosamente protagonizou um espetáculo inusitado. Proibiu três alunos, a freqüentarem os bancos escolares, pelo fato de estarem trajados com a indumentária gaúcha. Diga-se passagem que a indumentária gaúcha é traje característico do Rio Grande do Sul constituído normalmente pelo uso das botas, bombacha, lenço (branco ou vermelho)com ou sem chapéu constituíndo-se em vestimenta oficial do Rio Grande do Sul. O tema alvoroçou também o mundo tradicionalista em solo gaúcho. Com esta proibição, a que interesses atende esta escola?
Em qualquer das hipóteses, seja o episódio da burka na França ou do uso da indumetária por jovens no Rio Grande do Sul, a cultura, a história de um povo, são valores guarnecidos por acordos, tratados internacionais invioláveis assim como são garantias e direitos fundamentais e constitucionais de cada país. Tanto o Poder Público quanto suas instituições que deveriam zelar pelo cumprimento e respeito aos princípios legais, são as que silenciam diante da ofensa à ordem legal ou se omitem em tomar atitudes, sobretudo, quando se trata de época eleitoral. No caso da Escola São José de Caxias do Sul, ao proibir o ingresso dos alunos em sala de aula, com seus trajes típicos gaúchos, nos remete a outra análise. Escola é lugar onde tem professor que ensina e aluno que aprende. A Cultura Gaúcha é expressão de um dos mais elevados valores que honra qualquer gaúcho ou gaúcha. A escola é lugar de ensinar, de abrigar conteúdo programático curricular e não rejeitar seu valor ou a memória que honra um povo. Interina: Rosângela Schneider. E-amil:cos.schneider@gmail.com

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O Voto Eletrônico sob Suspeita

Havíamos comentado em outro artigo aqui publicado sobre as urnas eletrônicas que entrarão em cena no dia 03 de outubro de 2010 a fim de apurar com velocidade supersônica o resultado da votação tendo como fim de apurar quem serão os novos comandantes políticos que comandarão o destino do país nos próximos quatro.
Nenhum país do mundo se atreveu a implantar o modelo de urnas utilizadas no Brasil para realização das eleições democráticas. Seria o caso dos estados Unidos e o resto do mundo compelidos a se curvarem diante a ousadia do Brasil? A resposta é naturalmente: NÃO. O país certamente ganhou muito em velocidade na apuração mas perdeu totalmente a confiabilidade do resultado. A digitação na escolha dos candidatos foi substituída das antigas cédulas eleitorais contadas uma a uma pelo atual modelo incerto.
Incrivelmente o Tribunal Superior Eleitoral convoca os brasileiros a depositarem mais do que o voto nas urnas eletrônicas. Implora que o eleitor deposite a confiança nas urnas nas eleições de outubro próximo. Porque tanto esforço para convencer aos eleitores depositarem a CONFIANÇA e não somente o voto? Este, o voto, está reduzido a um mero registro eletrônico na memória aleatória de um computador sem que seja possível recontar o resultado apurado. Nem mesmo qualquer auditoria é possível, o que quer dizer que a eleição é inaduditável, tornando a eleição inconfiável. Portanto, tornou-se uma ferramenta virtual, sem que se tenha acesso a materialidade do voto.
Curiosamente o Tribunal Superior Eleitoral não admite sequer críticas ao sistema eletrônico admitindo que as urnas são 100% seguras. Muito curioso tal comportamento. O TSE se tornou um órgão técnico eletrônico, afrontando inclusive técnicos peritos em processamento de dados. A situação se agrava ainda mais quando não permiti qualquer alteração no processo eleitoral negando aos partidos políticos para que estes tenham acesso aos softwares que rodam nas urnas no dia das eleições. Parte do programa foi preparado pela Agência Brasileira de Informações, o antigo SNI hoje ABIN por intermédio de um organismo denominado CEPESC especializado em criptografia do programa. Outra parte por outros organismos. Mesmo que o TSE gaste milhões de reais a fim de convencer a opinião pública de sua segurança, há manifestação contundente por parte de especialistas em informática em sentido contrário, afirmando que a urna eletrônica não é segura.
O TSE tornou a prática de fiscalização das urnas eletrônicas totalmente ineficaz, ao impedir os partidos terem acesso aos softwares que rodam nas urnas eletrônicas. Não permite também que os partidos confiram se o programa instalado em cada uma das 354 mil urnas usadas no país é igual em todas as urnas. Não há nenhuma transparência. Esta é unanimidade entre todos os técnicos em informática do Brasil que asseguram que o modelo de eleição deixa escancarado as porta da fraude promovida por agentes internos ou gente do próprio TSE, uma vez que não há garantia de segurança senão a palavra da autoridade do tribunal de que o sistema é seguro. Será? Em minha modesta opinião chegou a hora de o Brasil discutir a segurança do voto eletrônico, sob pena de deixarmos para nossos filhos um arremedo de democracia onde o eleitor jamais saberá em quem votou e a oposição jamais terá condições de conferir votos. As pesquisas não poderiam indicar o resultado das eleições na Urna Eletrônica? Interina: Rosângela Schneider. E-amil:cos.schneider@gmail.com

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Pesquisas Eleitorais Não Estreitam Relacionamento

Na segunda feira passada 30 de agosto a Federação Sindical dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul - FESSERGS realizou painel com a categoria no Hotel Embaixador em Porto Alegre tendo convidado todos os candidatos ao Piratini a fim de que estes apresentassem suas propostas, caso eleitos, afetos ao funcionalismo público. O Convite foi feito em 19 de julho de 2010, portanto 40 dias antes do evento.
Curiosamente, os três candidatos que lideram as pesquisas ao Governo do Estado, resolveram deixar a categoria dos servidores indignados e revoltados quando estes souberam do não comparecimento ao evento. As assessorias de todos os candidatos ao Piratini haviam recebido e confirmado presença dos mesmos conforme documento apresentado em plenária.
A frustração de mais de 600 servidores públicos vindos dos mais diversos municípios do Estado foi muito grande quando, faltando duas horas para o início do evento, a coordenação da FESSERGS recebeu os comunicados de Tarso Genro do PT, Yeda Crusyus do PSDB e José Fogaça do PMDB anunciando o não comparecimento ao evento.
Os candidatos Aroldo Medina do PRP e Montserra Martins do PV, Júlio Flores do PSTU e Humberto Carvalho do PCB, não compareceram por força de comunicado da FESSERGS cancelando o evento. Carlos Schneider do PMN e Pedro Ruas do PSOL estiveram presentes, momento em que os dois trocaram cordialidades e foram cada um para o seu lado. Pedro Ruas foi distribuir seu material de campanha enquanto Carlos Schneider permaneceu no plenário da FESSERGS para acompanhar o painel da categoria.
O que chama atenção neste caso lamentável é o fato de que dá a nítida impressão de que os três candidatos que lideram as pesquisas combinaram entre si não comparecer ao evento por alguma razão desconhecida. Difícil de compreender o comportamento do ser humano, sobretudo, quando acendem ao poder. Com as pesquisas eleitorais em alta, mais uma vez demonstraram de que os três candidatos estão mais preocupados em mídia, projeção pessoal, entre outros adjetivos dispensáveis.
Tenho acompanhado o movimento político destas eleições nos bastidores de campanha dos candidatos ao Piratini e confesso que este momento foi o que mais chamou atenção pois nunca havia me deparado com tanta indignação do plenário de um evento como o da FESSERGS em que foram proferidas as mais tristes lamentações dos servidores que, volto a dizer, vieram dos mais longíncuos recantos do Estado a fim de assistir o que os candidatos ao Piratini teriam para a categoria para a próxima gestão.
Não sou funcionária pública mas teria sido frustrante alimentar uma expectativa que acabou não acontecendo. Penso que o funcionalismo público dará sua resposta nas urnas conforme ficou muito bem evidenciado a fim de que o setor se faça respeitar. Interina: Rosângela Schneider.
E-amil:cos.schneider@gmail.com