CORDILHEIRA DOS ANDES

CORDILHEIRA DOS ANDES
Complexo Hoteleiro localizado na Cordilheira dos Andes, na estação Valle Nevado em Santiago do Chile - Foto 03.05.2012

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O Voto Eletrônico sob Suspeita

Havíamos comentado em outro artigo aqui publicado sobre as urnas eletrônicas que entrarão em cena no dia 03 de outubro de 2010 a fim de apurar com velocidade supersônica o resultado da votação tendo como fim de apurar quem serão os novos comandantes políticos que comandarão o destino do país nos próximos quatro.
Nenhum país do mundo se atreveu a implantar o modelo de urnas utilizadas no Brasil para realização das eleições democráticas. Seria o caso dos estados Unidos e o resto do mundo compelidos a se curvarem diante a ousadia do Brasil? A resposta é naturalmente: NÃO. O país certamente ganhou muito em velocidade na apuração mas perdeu totalmente a confiabilidade do resultado. A digitação na escolha dos candidatos foi substituída das antigas cédulas eleitorais contadas uma a uma pelo atual modelo incerto.
Incrivelmente o Tribunal Superior Eleitoral convoca os brasileiros a depositarem mais do que o voto nas urnas eletrônicas. Implora que o eleitor deposite a confiança nas urnas nas eleições de outubro próximo. Porque tanto esforço para convencer aos eleitores depositarem a CONFIANÇA e não somente o voto? Este, o voto, está reduzido a um mero registro eletrônico na memória aleatória de um computador sem que seja possível recontar o resultado apurado. Nem mesmo qualquer auditoria é possível, o que quer dizer que a eleição é inaduditável, tornando a eleição inconfiável. Portanto, tornou-se uma ferramenta virtual, sem que se tenha acesso a materialidade do voto.
Curiosamente o Tribunal Superior Eleitoral não admite sequer críticas ao sistema eletrônico admitindo que as urnas são 100% seguras. Muito curioso tal comportamento. O TSE se tornou um órgão técnico eletrônico, afrontando inclusive técnicos peritos em processamento de dados. A situação se agrava ainda mais quando não permiti qualquer alteração no processo eleitoral negando aos partidos políticos para que estes tenham acesso aos softwares que rodam nas urnas no dia das eleições. Parte do programa foi preparado pela Agência Brasileira de Informações, o antigo SNI hoje ABIN por intermédio de um organismo denominado CEPESC especializado em criptografia do programa. Outra parte por outros organismos. Mesmo que o TSE gaste milhões de reais a fim de convencer a opinião pública de sua segurança, há manifestação contundente por parte de especialistas em informática em sentido contrário, afirmando que a urna eletrônica não é segura.
O TSE tornou a prática de fiscalização das urnas eletrônicas totalmente ineficaz, ao impedir os partidos terem acesso aos softwares que rodam nas urnas eletrônicas. Não permite também que os partidos confiram se o programa instalado em cada uma das 354 mil urnas usadas no país é igual em todas as urnas. Não há nenhuma transparência. Esta é unanimidade entre todos os técnicos em informática do Brasil que asseguram que o modelo de eleição deixa escancarado as porta da fraude promovida por agentes internos ou gente do próprio TSE, uma vez que não há garantia de segurança senão a palavra da autoridade do tribunal de que o sistema é seguro. Será? Em minha modesta opinião chegou a hora de o Brasil discutir a segurança do voto eletrônico, sob pena de deixarmos para nossos filhos um arremedo de democracia onde o eleitor jamais saberá em quem votou e a oposição jamais terá condições de conferir votos. As pesquisas não poderiam indicar o resultado das eleições na Urna Eletrônica? Interina: Rosângela Schneider. E-amil:cos.schneider@gmail.com

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