CORDILHEIRA DOS ANDES

CORDILHEIRA DOS ANDES
Complexo Hoteleiro localizado na Cordilheira dos Andes, na estação Valle Nevado em Santiago do Chile - Foto 03.05.2012

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Brasil - O País dos Impostos

Inarredavelmente o brasileiro que toma um cafezinho seja na padaria, seja no aeroporto ou até mesmo no botequim da esquina, paga impiedosos 16,5% de imposto sobre o pó de café, mais 30,6% sobre o açúcar, não contando os 37,8% de taxas que incidem sobre a água. Muita gente nem percebe ou faz de conta que não quer perceber, mas o país vive sob uma montanha de impostos que ao final são jogados no ralo do desperdício e submetidos a corrupção em todos os níveis de governo. Caso a CPMF seja ressuscitada no Congresso Nacional, como deseja o governo federal, serão 93 tributos em vigor que compõe a cadeia tributária brasileira, inclusindo impostos, taxas e contribuições, conforme levantamento do site Portal Tributário. Segundo especialista tributário Roberto Haddad, que também é sócio da empresa de consultoria KPMG, não se tem notícia de nenhum país do mundo que tenha um número tão elevado de tributos das mais diversas espécies. O Brasil é o país com a maior quantidade de taxas e impostos diferentes do mundo. É difícil atrair investimentos com esse sistema tributário a uma empresa estrangeira que quer se instalar no Brasil. Pela confecção de um guia de impostos, ele dura em média dois anos porque as coisas mudam sempre. Existem países com carga tributária ainda maior que a brasileira, de 35,42% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo cálculo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), mas a diferença é que o retorno em bem-estar de seus cidadãos é extremamente maior ao oferecido no Brasil. De cada R$ 10 produzidos pelo país, R$ 3,50 são recolhidos em forma de impostos (espécie do gênero Tributo) aos cofres da União, dos governos estaduais e municipais. Se a CPMF com alíquota de 0,2% passar, o valor subirá para R$ 3,60. A carga tributária de 30% do PIB é preocupante e acima de 35% são indesejáveis porque travam o crescimento da economia. É o caso do Brasil E onde se situa o retorno por exemplo à Saúde, Educação e Segurança dos cidadãos brasileiros? Um estudo feito pelo IBPT reuniu os 30 países com maior carga tributária e relacionou o recolhimento de impostos aos benefícios recebidos pela população, usando o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), uma medida da qualidade de vida. No ranking, o Brasil ficou na última posição, atrás de países como Argentina e Uruguai. Ao considerar o retorno baixíssimo que o brasileiro usufrui em termos de saúde, educação e segurança, é possível dizer que temos a maior carga tributária do mundo, já que ficamos em último lugar no ranking de benefícios oferecidos à população com esses recursos auferidos por conta do financiamento da população brasileira, via tributos. Não há uma política tributária no país que taxe o cidadão de acordo com sua capacidade contributiva. Mas sim, uma política de arrecadação para engordar o caixa dos governos, resultante da ineficiência dos gestores do Estado na administração dos recursos via arrecadação de impostos. O Brasileiro trabalha em média 151 dias do ano só para pagamento de tributos. Uma escravidão medieval inaceitável. Mas por quê tudo isso? Por causa do voto. O país vive esta situação por que o cidadão não presta atenção quem elege e deveria mudar com urgência, pois elege sua desgraça e depois o arrependimento. E-mail: cos.schneider@gmail.com

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