O Brasil será sede da Copa do Mundo em 2014, cujo evento está a um minuto para se realizar. A promessa de construir nova estrutura para o desenvolvimento do país parece reverberar em todos os cantos do Brasil, sobretudo, no Rio Grande do Sul.
Difícil é acreditar que haverá a realização das obras necessárias para atender a milhares de jogadores, dirigentes de seleções, torcedores, autoridades e de diversas facetas de visitantes que virão ao Brasil, muitos dos quais sequer sabem onde fica Porto Alegre.
Em recente viagem realizada pelo Nordeste brasileiro, não foi difícil constatar que o país está longe das metas prometidas para sediar tão importante competição desportiva. Enquanto bilhões de reais serão gastos com recursos públicos na construção de mega estádios de futebol que serão ocupados por milionários atletas, milhares de doentes morrem e sofrem em intermináveis filas e corredores nos hospitais sucateados, sem médicos e leitos.
A infraestrutura rodoviária é catastrófica não só na indigesta BR 116, sobretudo no trecho compreendido entre Dois Irmãos - Porto Alegre, mas, em todo país. Nos aeroportos a situação ainda é mais grave. Em São Luiz do Maranhão, por exemplo, um “puxadinho construído sobre meia dúzia de vigas de ferro” para abrigar os passageiros que aguardam embarque aéreo, custará aos cofres públicos mais de 6 milhões de reais, cuja obra não servirá para nada. Muito menos para a Copa. Tudo às custas dos mortais contribuintes do país.
O prenúncio é catastrófico. Deplorável! A turma do telhado de plantão transformará os bastidores de Brasília num verdadeiro balcão de negociatas. Fico a imaginar que as gente do Rio Mampituba para diante não tem noção do quanto se arrecada em tributos a custa do suor e sacrifício dos contribuintes. Enquanto isto, o exército de Brancaleone do Congresso Nacional, imbuído dos astutos fundamentos em “erradicar” a pobreza, acabam erradicando os bons costumes, a produção de bens, a geração de trabalho arcando com todo o desperdício.
Só para lembrar, um clássico do cinema italiano, retrata muito bem com os costumes da cavalaria medieval de uma demolidora e bem humorada sátira apresentada ao público através de um filme. A figura central é Brancaleone, um cavaleiro atrapalhado que lidera um pequeno e esfarrapado exército, perambulando pela Europa em busca de um feudo. Trata-se de uma paródia a D. Quixote de Cervantes. Enquanto do outro lado do hemisfério o assunto é tratado como sátira, aqui, no hemisfério sul deixaram o comando do país por conta do Sargento Garcia e sua tropa de atrapalhados, sedento a caça do astuto Zorro.
O Japão foi assolado por um dos maoires terremotos já registrados no planeta, reconstruiu em 6 dias uma das mais importantes rodovias destruída pelo abalo. Aqui, a BR 116 construída ainda na década de 70 quando Ministro Mário Hnrqieu Simonsen, sofre diariamente com o terremoto da paciência dos motoristas e da indiferença de nossos competentes adminsitradores públicos. Enquanto isto, a rodovia RS010 não sai do papel. Que obra de infraestrutura foi construída no Brasil após o fim do governo militar? Que obras importantes foram erguidas para alavancar a economia do país no modelo de governo civil? Enquanto que o Exército de Brancaleones do Congresso Nacional combate desordenadamente contribuinte, o país vai crescendo igual rabo de cavalo. Que beleza o país de Alice!!!!
E-mail: cos.schneider@gmail.com
quinta-feira, 28 de abril de 2011
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