CORDILHEIRA DOS ANDES

CORDILHEIRA DOS ANDES
Complexo Hoteleiro localizado na Cordilheira dos Andes, na estação Valle Nevado em Santiago do Chile - Foto 03.05.2012

terça-feira, 19 de abril de 2011

Deficit Zero

Uma das satisfações que o articulista pode colher de seus artigos, é a participação de seus leitores cujos temas podem ser admitidos como colaboradores relevantes que por certo enriquecem a relação articulista-leitor. Mais que a leitura quando a fonte do artigo se reveste de meios informativos vetoriais para o debate de políticas públicas sociais em sua difusão. O honroso espaço recebido de quando em vez no comentário de Eugênio Spier na Rádio Imperial que sintonizo via internet aqui em Natal Rio Grande do Norte é gratificante. Os comentários recebidos de colegas como e ex-candidato a deputado federal Valney Vargas de Porto Alegre, do Wilson Dörr de Dois Irmãos entre outros tantos daquela cidade merecem toda nossa acolhida. Poderia enumerar centenas de comentários que recebo por conta dos artigos aqui publicados. Mas quero concentrar o artigo de hoje sobre o comentário recebido por um leitor irresignado com a dívida deixada pelos governos Federal e Estadual na última passagem de mandato.
Dá-nos conta o leitor e estudante em Administração que exerce suas atividades econômicas na cidade de Ivoti de que teria ficado “decepcionado como cidadão ao ouvir nosso governador reclamando sobre a dívida deixada pela Yeda referindo-se ao "déficit zero"" que ela tanto pregava. Baseou-se em alguns cálculos em reportagens publicados pela imprensa o que o levou a algumas conclusões, que a meu juízo merecem reparo.
Segundo ele, que não quer ser identificado, a dívida deixada pelo governo anterior no Rio Grande do Sul teria sido de R$ 150 milhões para uma população de 10.695.532 habitantes o que equivale a divida “pro-rata” de R$ 14,02 por habitante.
Por sua vez, compara os valores com a dívida deixada pelo governo federal equivalente a R$ 128,7 bilhões de reais para uma população de 190.732.694 habitantes, o que eleva a dívida “pro-rata” para R$ 671,09 por habitante no país.
Primeiro. É preciso estabelecer a relação de responsabilidades e investimentos entre Estado e União. Segundo, o alcance do termo “dívida”. Terceiro todos os novos dirigentes recebem a administração dos entes políticos no estado em que se encontram no termo de substituição de governo em cada troca de governo. Portanto as dívidas são cumulativas de governo a governo. Não podemos esquecer do empréstimo realizado por Yeda de 1.1 Bilhão de dólares que ninguém entendeu até agora do seu destino. Aliás a dívida deixada pela governador é extratosfericamente superior a que comentou nosso insigne leitor assim como a dívida a União. Os números são outros.
Os investimentos econômicos e sociais realizados pela União são, além de soberanos, maiores que os dos Estados que esbarram na limitação de receitas, instituição de tributos e gastos por conta de legislações brasileiras. Os Estados Federados não podem contrair empréstimos internacionais sem aval do Governo Federal. Este por sua vez, por força constitucional, goza da plenitude de estabelecer toda e qualquer negociação internacional levado a efeito pelo executivo e ratificado em cada caso, pelo Congresso Nacional.
Ainda no caso da egressa Governadora Yeda que assegurou em sua campanha do alcance do déficit zero em sua administração é preciso informar que ela deixou um passivo em precatórios no valor superior a 7 bilhões de reais. Parece que o discurso da Governadora sobre o “pseudo” déficit zero se distancia kilometricamente da realidade incontestável. E-mail: cos.schneider@gmail.com

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