O Brasil vem acumulando dia após dia títulos nada recomendável para a sociedade tupiniquim resultado do relaxamento do dever do estado em dar proteção a quem ministra aulas e proporcionar ensino de qualidade para quem quer aprender.
Lamentavelmente as escolas públicas brasileiras se transformaram numa arena de box onde tudo vale em sala de aula, menos estudar. Assim, nada ruim para o Brasil,cumular o título do pior modelo de ensino na América Latina. Que o digam os lamentáveis episódios ocorridos nos últimos dias no Rio Grande do Sul comandado pela Governadora, Yeda Crusius do PSDB.
Tento evitar comentar assuntos sobre agressões físicas no meio social, até porque esta não é uma coluna policial. Mas não há como deixar de comentar questão nevrálgica da agressão de alunos a professores, sobretudo, em escolas públicas.
Este tema causa, além de preocupação aos educadores, arrepio à sociedade como um todo, pois os pais criam em casa o próprio modelo de educação que o filho leva às escolas. Inverteram-se os valores da disciplina onde o aluno entra em sala de aula como autoridade e o professor como aprendiz.
Pois bem, em um dos episódios que acabou levando uma professora de escola pública a UTI do hospital em Porto Alegre, o Estado falhou. É proibido a justiça com as próprias mãos segundo preceitua o Código Penal Brasileiro. A razão da agressão desta aluna a professora em sala de aula, traz ingredientes intrigantes e preocupantes para quem quer dar aula nas escolas públicas. Foi deflagrada a caça aos professores... Se esta moda pegar, e parece que já pegou, não haverá mais professor ou professora que queiram dar aula nas escolas públicas. Pior do que assistir a agressão contra educadores é a passividade do Estado através de seu órgão educador. Sustenta ele publicamente que a aluna agressora à professora em sala de aula, tem a liberdade de escolher outro educandário estatal, pois ela poderia não se sentir bem na escola em que agrediu a professora. Pasmem!!! É a sugestão do Estado. É o mesmo que dizer a todos os alunos das escolas públicas: baixem o porrete nos professores.
Onde vamos parar? Que tipo de modelo político estamos construindo através do voto? Que poder exerce o voto para plantar tanta erva daninha no seio da política gaúcha a tal ponto que não consegue mais oferecer segurança aos agentes do Estado, muito menos cidadãos?
Somos nós eleitores, responsáveis por conduzir estes vândalos a ocuparem o poder se locupletando da pratica da politicagem imoral. O Estado não cumpre mais suas funções de zelar pela ordem pública, pois faliu... Assim vem transformando a educação numa mercadoria de segunda categoria, na prática sofista pós-modernidade.
O reflexo disso é o sistema penitenciário brasileiro, lotado de apenados na demonstração cabal da desordem social. Transformaram-se os presídios num depósito de lixo humano. A preocupação aumenta na medida das estatísticas brasileiras que apontaram no ano passado que, 7 em cada 10 crimes foram praticados por mulheres. Em algum momento se perdeu a referência na construção dos valores morais, éticos. Penso que o modelo de televisão e intervenção do Estado na construção do modelo de família, levou a tudo isto.
Nunca se viu no Rio Grande do Sul tamanha anarquia como neste governo! Há momentos em que o próprio modelo de Estado de Direito Democrático está ameaçado face aos vândalos que se alojaram no poder da República Riograndense e na capital do país acima do Rio Mampituba. E-mail: cos.schneider@gmail.com
terça-feira, 7 de abril de 2009
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