CORDILHEIRA DOS ANDES

CORDILHEIRA DOS ANDES
Complexo Hoteleiro localizado na Cordilheira dos Andes, na estação Valle Nevado em Santiago do Chile - Foto 03.05.2012

quinta-feira, 3 de março de 2016

A destruição econômica do país

Lamento apontar por esta via a ótica da economia do país, pois das múltiplas alegações presidenciais desde 2002 da fortaleza a que transformaram o país do ponto de vista da economia a sua destruição em 2016. Chegou-se a afirmar, equivocadamente, de que o Brasil seria a sexta economia do planeta, atrás dos EUA, China, Russia, Inglaterra, Canadá. Três são os pilares que corroem a base da economia do país: a destruição da Petrobras; a disparada do dólar e a pior de todas, a crise do mercado de trabalho associado a remuneração dos capitais pelos juros altos. Assusta a todos nós, sem distinção de qualquer rejeição em sentido contrário pela inexistência de horizonte promissor. A queda dos pilares (leia-se do sistema financeiro brasileiro), está afetando não só as finanças do país, mas a todos os cidadãos brasileiros natos ou naturalizados, sejam pessoas físicas e pessoa jurídicas. Inadvertidamente, a dívida pública brasileira ultrapassa os 2,75 trilhões de reais (ano 2015). Assim sendo a dívida brasileira conquistou dinâmica explosiva. Imagine qualquer cidadão ficar devendo seu débito em cartão de crédito, o quanto avulta tal inadimplemento ao final de um ano! Ora os juros sobre a dívida brasileira é a maior da história tornando a impagável. Assim sendo o Brasil está tecnicamente quebrado. Quais as consequência disso tudo? O que fazer para não quebrar também com o país? Desde 1991 a dívida pública cresceu a uma taxa maior que a renda nacional o que torna o atual modelo econômico insustentável. A solução do governo, neste emaranhado, foi aumentar a carga tributária, confrontando o processo aos efeitos da curva de Laffer tributação inferior a 30% ou 33% ,daí por diante, a tendência é diminuir a receita com o aumento da carga tributária. Antes mesmo de 1991 a carga tributária brasileira girava em torno de 25% do Produto Interno Bruto – PIB e hoje está situada em torno de 38% com a entrada em vigor da nova carga tributária instituída pelos estados e União. Este fato eleva o Brasil para a categoria da maior carga tributária situada entre os países emergentes. Os países emergentes tributam seus produtos e serviços em índices não mais que 30% do PIB. A perversão da dívida pública se aproxima da renda nacional. De 2001 a 2015 a renda real do país cresceu 103% enquanto que a receita de tributos cresceu em 184%, fato que fez com que o setor público em 15 anos, se apropriasse de 45% do crescimento da renda nacional para financiar os gastos do setor público incluindo as transferências de renda. Ora convenhamos, a Petrobras acumula uma dívida bruta de ½ trilhão de reais, ou seja, R$ 506 bilhões, dados do terceiro trimestre de 2015. Além do que possui mais de R$ 390 bilhões de reais em investimentos programados até 2019 para manter suas atividades operacionais em funcionamento. O custo deste capital deve ser remunerado. Como? Mesmo com o corte de 30% em seu plano de negócios a partir de 2016, os investimentos prejudiciais do pré-sal poderão passar para mãos privadas tal qual o executivo vem tratando a aviação civil do Brasil. As companhias que medem os riscos de investimentos no Brasil em duas recentes baixas, colocaram o país em risco, pouco atrativo aos capitais estrangeiros. Os títulos da estatal são vistos neste sentido como riscos soberanos. No Brasil o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDS é o maior credor da Petrobras o que a torna entidade submetida a categoria de risco, acumulando os piores índices econômicos desde 1990. Diante de tais circunstâncias adversas aos fatores que poderiam impulsionar a economia do país, a nova expectativa da volta da CPMF, que todos nós sabemos que nada mais serve senão para financiar os programas sociais capachos, serão mais recursos retirados do meio produtivo, canalizando os resultados da arrecadação para fins diversos de sua criação. Não bastassem as contribuições sociais do Programa de Integração Social – PIS, Contribuição Social – COFINS, Contribuição sobre o Lucro Líquido – CSLL, Contribuição Previdenciária, todas as outras tantas contribuições levados aos cofres públicos e jogados ao ralo do desperdício se somem. A mudança urge. E-mail: cos.schneider@gmail.com

Nenhum comentário: