quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Da Euforia a Decepção
As autoridades econômicas do Brasil fizeram no início de 2012 projeções econômicas para um crescimento entre 3% a 3,5% do Produto Interno Bruto – PIB. Os rumores de deboche e cobranças nos bastidores do setor da economia se fizeram ouvir nos quatro quadrantes do planeta o que mereceu duras críticas de parte do executivo federal, com sobradas razões.
Obviamente que a orquestra sinfônica não está desafinada, mas ao tom do volume, alto ou baixo, os ouvidos exigentes e críticos, captaram sinais de ruído que perturbam os analistas econômicos na leitura dos índices de crescimento projetados para 2013 ao que tudo indica, frustrarão outra vez.
Alarmante são os sintomas diagnosticados no núcleo econômico e político do governo. A Revista britânica “The Economist” edição de 26 de setembro, veículo de imprensa detestado pela esquerda brasileiro em razão de suas publicações com traços liberais, destacou a preocupação do fraco desempenho da economia do país.
Ficou tão evidente o mau desempenho da economia no ano passada a tal ponto que a presidente Dilma Rousseff teve de amargar parte da empáfia e cair na categoria de mendigos para despertar a atenção referencial do capitalismo americano que é o banco Goldman Sachs. Teria sido um gesto de estender a caneca da esmola um pedido de socorro? Ora, o tiro saiu como bucha de canhão. Na visita internacional da comitiva brasileira mês passado, os principais investidores internacionais instados a investir no Brasil resolveram acusar o Brasil da instabilidade jurídica em não honrar contratos celebrados com o Brasil. Quem precisaria destacar com tamanhos argumentos a fim de dizer que honrar contratos, senão os que o desonra? Quanto mais os agentes políticos brasileiros em peregrinação nacional tentam afirmar respeito a ordem jurídica, maior a desconfiança. Nasce desta prática a vulnerabilidade do investidor e do contribuinte.
A economia brasileira emperrou, o estado inchou significativamente, criou novos Ministérios, abarrotou os balcões dos postos de trabalho em palanques eleitorais. O Governo fez e vem fazendo muito pouco para reestruturar o Estado, sobretudo, no que diz respeito a reforma política e tributária, numa teia emaranhada de custos tributários sem precedente na história do país que pesa sobre as empresas.
Os gastos prioritários tem sua ordem invertida e de menor potencial de investimento. A previdência social é extremamente cara. Gasta-se com programas sociais parasitas, para um modelo previdenciário alto sem indicar as fontes de custeio.
A Infraestrutura e logística do país andam de saia justa e curta ao receber investimentos de apenas 1,5% do Produto Interno Bruto, ao passo que a média global é de 3,8% segundo informa a revista o que causou furor no coração de Brasília. As prioridades da política brasileira são privilegiar os currais eleitorais na migração dos estoques de recursos financeiros aos programas sociais ao passo que os investimentos para aumentar a competitividade e arrecadação tributária, são meras metas irrealizáveis.
O intervencionismo estatal é um dos fatores apontados como incapazes na tomada de decisões de parte do governo brasileiro na oferta de respostas mais efetivas para o crescimento econômico. A redução artificial das taxas de juros foi forma de atração de investimento, entretanto, com o aumento da inflação o governo teve que voltar atrás e aumentá-los no combate a inflação. Com este cenário, percebe-se que ao Executivo Federal, falta habilidade para encaixar o país nos trilhos do desenvolvimentista. Os petistas certamente não gostaram nenhum pouco desta advertência internacional feita pela “The Economista” diante do fraco desempenho econômico brasileiro diante dos discursos desastrosos internacionais. E-mail: cos.schneider@gmail.com
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