terça-feira, 24 de setembro de 2013
Previsão Nublada sobre as eleições de 2014.
Pairam muitas dúvidas sobre os principais eventos que deverão marcar o ano de 2014 no Brasil que certamente repercutirão no palco econômico, político e, sobretudo, o social.
Não vamos pormenorizar os efeitos decorrentes das mobilizações sociais ocorridas este ano por ocasião da realização da Copa das Confederações, que trouxeram ao solo brasileiro sete países que disputaram a competição desportiva internacional. Porém vamos nos ater o que poderá ocorrer numa competição desportiva envolvendo de um lado 31 países que disputarão a Copa do Mundo Fifa e de outro as eleições brasileiras, evento que deverá ocorrer finalizado o evento futebolístico.
Dependendo do resultado da copa, nenhum exagero em dizer “talvez ocorram” as eleições de 2014. Numa recente reunião de plenário do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social no Palácio Piratini, perguntei a um dos políticos presentes da possibilidade de ele concorrer em 2014 a reeleição e se havia clima para tanto. A resposta foi meio desconcertante. Disse-me que não sabia se haveria eleições em 2014.
Exageros a parte, a conjuntura política conspira em favor da afirmativa de nosso interlocutor, visto que, o Congresso Nacional se encarregou às pressas e sob o esforço sobre natural em votar a mini reforma política com vistas a vigorar a nova legislação eleitoral já a partir do ano que vem.
Longe de uma reformulação do formato “eleições” desejada por todos os cidadãos ou cidadãs brasileiros (as), deveriam principiar pela rejeição ou banimento da urna eletrônica e com o instituto da reeleição. Temas que merecem severas críticas no cenário político brasileiro da maneira vigente. Estes institutos são em boa parte, as razões do caos, dos vícios da corrupção, da prepotência, da formação corporativista, formação de quadrilha com as reiteradas reeleições gerando seus efeitos.
Retomando o tema eleições 2014, algumas propostas reverberam nos bastidores políticos no centro do país. Setores do governo sustentam a possibilidade de um mandato tampão de dois anos, visto que a minirreforma política pretende unificar todas as eleições no país, desde os prefeitos e vereadores até presidente da república, deputado federal, estadual, governador e senado. A leitura da proposta governamental dispõe dois vetores que podem levar a uma eleição de dois anos, em forma de mandato tampão ou, a perversão melhorada do resultado do mensalão, a prorrogação dos atuais mandatos por mais dois anos. Será? Vejamos.
São justificadas as razões de ambos os postulados. Para os que apostam no mandato de dois anos a partir das eleições de 2014, seria tão somente para harmonizar lapso de tempo para unificar as eleições gerais para 2016. Para o outro grupo, como ninguém sabe ao certo que tipo de mobilização social poderá ocorrer em 2014 durante a realização da copa do mundo, o governo estaria preparando o antídoto social. Nenhum tumulto violento da massa populacional é cenário favorável a qualquer eleição, especialmente para os partidos investidos do poder. Logo, uma intervenção enérgica, repressiva sobre as mobilizações do tecido social será conveniente a fim de manter a ordem pública, afastando do palco eleitoral, razões motivadoras suficientes para que a segunda opção entre em vigor.
Mutatis, mutantis, não se pode rejeitar nenhuma das possibilidades, visto que a instabilidade política e social é flagrante que só vem se agravando com as reiteradas manobras do governo central e da omissão das instituições republicanas brasileiras de suas responsabilidades. As peças do tabuleiro do xadrez estão postas. E-mail: cos.schneider@gmail.com
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