CORDILHEIRA DOS ANDES

CORDILHEIRA DOS ANDES
Complexo Hoteleiro localizado na Cordilheira dos Andes, na estação Valle Nevado em Santiago do Chile - Foto 03.05.2012

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Matriz Energética e do Desenvolvimento Econômico

A partir da tragédia ocorrida no Japão em 211 com as usinas nucleares após o devastador terremoto, os governos mundiais passaram um olhar diferente à estas unidades energéticas alimentadas com Urânio. A partir daquela tragédia a Alemanha traçou novo perfil energético e pretende desativar suas unidades nucleares até o ano de 2022, ações que serão seguido por outros países Europeus permitindo que seus governos passem a utilizar alternativas energéticas, entre elas, a energia eólica e as termoelétricas. O Brasil com apenas 1,8% das reservas carboníferas mundiais deitadas em seu território, tem na região Sul do país, os maiores mananciais carboníferos cabendo ao Rio Grande do Sul 89% das reservas brasileiras o que representa 32 bilhões de toneladas de carvão, seguido por Santa Catarina com 10,5% e o estado do Paraná com 0,5% completando o total das reservas brasileiras. Há que se destacar que a matriz energética nacional não encontra simpatia governamental na exploração destes recursos minerais. A Presidente Dilma Roussef, por exemplo, em diversas manifestações durante sua campanha política se mostrou contrária na exploração do carvão mineral em solo brasileiro, mas recentemente teve que se curvar aos índices de abastecimento de energia elétrica no país. Curiosamente, com todo este manancial de carvão mineral existente no Brasil, quase 90% destas reservas em solo gaúcho, muita gritaria se faz em torno da exploração do petróleo brasileiro, “royalties” a partir do pré-sal que ainda é grande dúvida se este petróleo poderá ser alcançado pela tecnologia existente hoje mundo. Ressalte-se que a riqueza mineral existente em solo gaúcho poderá representar importante fatia de matéria prima a fim de produzir e financiar o desenvolvimento econômico dos Pampas, desde que os governos estadual e federal passem um olhar sobre o tema como oportunidade e fonte de desenvolvimento econômico e social que poderá ser explorado com custos infinitamente menores que os necessários à exploração do pré-sal. No ano de 2011 a produção total do carvão no país foi 12 milhões de toneladas cabendo ao Rio Grande do Sul a exploração e negociação de 5,98 milhões de toneladas com o emprego de aproximadamente 5 mil funcionários, gerando receita de R$ 767 milhões de reais com capacidade instalada para gerar 1.765 Mega Watts no Estado. Curiosamente a composição da matriz energética brasileira 74% dela é produzida a partir das usinas hidrelétricas cabendo ao carvão mineral participar com módico 1,3% menor, portanto, dos 2,7% produzidas pelas usinas nucleares, maior, porém que a energia eólica seus 0,4% de participação do total de energia produzido. Quer dizer que há grande possibilidade de investimentos neste setor como vem fazendo a COPELMI e a CRm – Companhia Riograndense de Mineração. Contudo, é preciso que o setor governamental incentivo e inove no processo da matriz energética do Estado e do País. O que ninguém mais consegue engolir são as constantes metáforas governamentais sustentadas pelos órgãos de governo que o crescimento econômico deve estar estribado somente sobre os pilares do crescimento econômico, a erradicação da pobreza e a redução das desigualdades sociais. Isto para nós tem outro cheiro. Em cada vez que se ouve fala em desigualdades sociais ou regionais nas redes sociais, na imprensa ou até mesmo na massacrante propaganda institucional do governo, pressupõe deslocar as reservas e riquezas para as regiões do Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país como fazem com os impostos arrecadados na região Sul e Sudeste sob o falso pretexto da correção das desigualdades sociais. Não bastassem os governos daquelas regiões levarem nossas indústrias, agora o Governo Federal vem com outro discurso demagógico em época de pré-campanha eleitoral antecipada e protelatória. Está na hora de por um fim a esta roubalheira institucionalizada e começar a investir em estradas, ferrovias, hidrovias, reforma política, reforma tributária, sair dos discursos protelatórios, construir mais hospitais, mais escolas, investir mais em ciência e tecnologia abandonar os discursos retrógrados como a homofobia, discriminação racial (aliás, diga-se de passagem, que a minoria étnica no Brasil é o branco e não o negro segundo o ex-presidente Lula), deixar da construção de estádios de futebol para quem vive do futebol que são seus clubes e passar a investir em infraestrutura e logística. O governo precisa olhar para as questões que afetam o futuro do país do ponto de vista econômico, político e social. Estamos todos cansados de discursos protelatórios de um congresso que não legisla mais. Um judiciário que invade a competência do legislativo e o executivo com suas hediondas medidas provisórias trancando pautas do congresso e mais tarde convertidas em lei escorchante. É muita falta de responsabilidade. E-mail: cos.schneider@gmail.com

Um comentário:

Erico Lima Schuch disse...

Meu amigo Carlos. Meu sábio pai me fala que quando ele era menino ouvia que o Brasil era o país do futuro. Após 60 anos ele ouve a mesma ladainha. Ele tentou (assim como você e sabemos bem disto) mudar um pouco a estória desta História. Mas interesses particulares sempre estão acima do coletivo. Sempre estarão. Fico triste por ser brasileiro e nestes últimos anos tenho me envergonhado com nossa república. Foi o tempo em que o nosso RS era referência para a república brasiléia. O emaranhado tomou conta. E digo isto com a vivência de quem se afasta por 10 anos. Agora nos resta o que? Tudo está em desmazelas, ermo, esperando o momento de desfrute de uns poucos. Assim como o resto. Estamos no emaranhado que tanto lutamos para rechaçar. A alusão a Erdo Basto me remete a um asteísmo: "Trago no peito a esperança quando a mão do meu filho seguro Vejo nele, e em cada criança a garantia de um futuro com o passado na lembrança"