A cobrança de impostos no Brasil é algo que merece um exercício estratosférico para entender sua complexidade. O brasileiro quando vai às compras seja em supermercado, materiais de construção seja em roupas ou outra mercadoria, paga e não sabe o que está pagando.
A mesma dificuldade é sentida para que vende ou produz na terra tupiniquim. Aliás, a dificuldade de entender a complexidade tributária pelo setor empresarial é ainda mais expressiva. Assuntos que o fisco entende, e muito bem, o contribuinte se vê encurralado. O que o contribuinte compreende, o fisco desconhece e exige do estabelecimento empresarial, cumprimento de normas muitas vezes avessas à legislação. Em outra situação, formas mais severas com o fim de arrecadar cada vez mais, a punição sempre impõe a recompensa pois, afinal, os agentes da fiscalização também recebem prêmio produtividade, a exemplo dos generosos “jetons”, uma espécie de “auxílio” aos políticos.
Toda esta parafernália nos leva a maravilhosa conclusão de que as duas únicas certezas afetas a cada indivíduo são: a morte e o pagamento de impostos. O tema não termina nesta infeliz trajetória dos mortais compelidos ao recolhimento de impostos tirados da parcela do suor dos contribuintes. Neste país, insensato é quem trabalha com tantas “bolsas famílias”.
Os governos de todas as esferas (Município, Estado e União) estão se armando cada vez mais a fim de apertar o cerco aos que trabalham e geram bens aos dois brasis para não perderem suas regalias. O Brasil que deu certo e ao Brasil que não deu certo. O primeiro pertence ao Brasil do Sul e o Sudeste, terras do saudoso Getúlio Vargas, Leonel Brizola entre outros não menos importantes. O segundo aos que se aproveitam daqueles e que são das regiões que comandam o país eleitos pelos currais eleitorais da Sudan, Sudene, Sudepe, entre outros “suds” das regiões Norte, Nordeste e Centro – Oeste. São as terras dos coronéis de cultura dos Sarney, Calheiros, Jereisatti e companhias às custas daquele sofrido povo.
Toda esta onda de sangrar as economias regionais decorre de um comportamento histórico cada vez mais esquecido. Enquanto a grande mídia se ocupa para anestesiar os que estão ligados em seus BBB´s, - as Big Bestialidades Brasileiras – os governos de todas as esferas vão à farra às custas do contribuinte e do trabalhador para esbanjar o fruto da arrecadação, atirando-os ao ralo do desperdício.
O Rio Grande do Sul, a terra dos Pampas de Sepé Tiarajú, do General Bento Gonçalves da Silva, de Souza Neto, Domingos Crescêncio, hoje, pobre despilchado de tirador remendado, mandou em 2008 para os “minguados” cofres públicos de Brasília 23 Bilhões na forma de impostos. Somado este valor aos outros dois estados do Sul, o valor se eleva para R$ 59 bilhões. O Estado do Paraná contribuiu com o montante arrecadado pela União o mesmo que o Rio Grande do Sul em 2008, ou seja, R$ 23 bilhões cada um. Inédito tal comportamento, pois o Estado do Paraná de Roberto Requião do PMDB, supera o Rio Grande do Sul de Yeda Crusius, PSDB, em quase todos os aspectos econômicos, a começar pela administração pública. Assim nas terras do coronelismo, das isenções tributárias, nasceu a semente da desintegração e da Federação Mutilada que merece urgentes providências, pois esta terra, ainda tem dono.
E-mail: cos.schneider@gmail.com
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
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