CORDILHEIRA DOS ANDES

CORDILHEIRA DOS ANDES
Complexo Hoteleiro localizado na Cordilheira dos Andes, na estação Valle Nevado em Santiago do Chile - Foto 03.05.2012

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Vinte de Setembro

Falar de política no Brasil contemporâneo, é enaltecer os canalhas que pouco ou nenhum respeito merecem de nossa parte. A história do Brasil é feita confetes e serpentina. Nem mesmo a Proclamação de Independência do Brasil de Portugal, foi necessário trocar um único tiro de escopeta ou de canhão de fabricação alemã com quem quer que fosse. Não é por menos que o gauchismo se destaca no cenário político nacional em razão de história da gente brava à época do Rio Grande do Sul. Várias foram as tentativas de divorciar o Sul da comunhão brasileira. Há que se destacar que não foi a toa que estes movimentos pela independência do Sul pipocam há mais de 180 anos. Se certo ou errado o fato é que aqui, quanto em Brasília, as coisas não andam bem. Sim, porque os que estavam em Brasília, aqui se alojaram para saquear o Estado, tal qual Antônio Brito, Germano Rigotto, Alívio Dutra, José Ivo Sartori. Realmente o povo gaúcho é enganado em cada eleição. Elege-se pela emoção menos pela razão ou pela lógica. A História da Grande Revolução Farroupilha não foi mera briga de lanchonete em que a adaga pegou feio. Foram quase dez anos de combate ceifando aproximadamente 3.800 almas no palco de conflitos. Obviamente que o Grande Irmão desenhou a orquestra desta malfada página da história triste do Sul. Guerreiros, lanceiros negros, soldados rasos tombaram com escopetas, lanças, adagas e em muitos casos, corpo a corpo. Não é a toa que “as façanhas” não podem servir de modelo a toda terra como pretende o Hino Riograndense. Pois se tivessem mantida a época a independência da República proclamada em 11 de setembro de 1836, teriam os soldados gaúchos e os memoráveis lanceiros, serem “canonizados”. Quando um governo não preenche suas obrigações e não promove a felicidade do povo, em quem reside a soberania, o mesmo povo tem o direito de mudar, abolir, reformar como lhe convém e, organizar outro, baseado em princípios que sejam confiáveis às suas circunstâncias, tendo por objeto defender as garantias suficientes em favor do seu povo, sua propriedade, sustentar a dignidade, honra e liberdade. No Brasil de hoje, tudo é às avessas. Nada do que se espera de um governo honesto e voltado para as coisas do povo, está funcionando ou que esteja a caminho. Nos bastidores da História oficial, há alguns pontos intrigantes que chamam atenção e que merecem algumas reflexões isoladas. Será que as guerras e revoluções a época não foram uma espécie de um grande palco de conflitos por interesses ocultos? A quem interessavam as revoluções internas no Brasil, os propósitos serviram as revoluções da Bacia do Prata, iniciada lá pelos idos anos de José Gervásio Artigas de 1815? Quem não suportava ou não suporta a Monarquia foi o protagonista destes episódios. Tinham que derrubar a Monarquia a qualquer preço. A Maçonaria teria tido grande, senão único ator a organizar os eventos bélicos do Brasil de Norte a Sul a época ou, teria interesse nos episódios diversos na derrubada da Monarquia não só do Brasil, segundo afirmam alguns historiadores? Afinal, o que comemoramos no dia 20 de Setembro? A proclamação da República Riograndense? A Invasão de Porto Alegre? Pois bem... Seja por uma seja por outra, o fato é que foi a tomada do Palácio do Governo com a consequente expulsão do então governador Fernandes Braga na administração da Província de São Pedro. Não sei onde residem as “nossas façanhas a servir de modelo a toda terra”? Confesso que ao longo dos 20 anos que me atualizo sobre as revoluções internas e externas, chego a pensar que tudo não passou de um grande teatro. A lógica hoje, não seria tomar Brasília também? Ou quem sabe, chega de ser servente de governos corruptos? É lógico que a lei deve ser respeita. Mas a lei deve e necessário ter que ser justa para todos. E-mail: cos.schneider@gmail.com

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