quinta-feira, 25 de agosto de 2016
Passeio Público Imprestável
A cidade é nossa casa, onde vivemos, iniciamos nossa infância, idade pré-escolar, ensaiamos nossos primeiros passos, adquirimos conhecimentos primários e buscamos interagir com nossos amigos, vizinhos, de forma que as raízes crescem e fixam seus valores como cidadãos. Os Gregos, em sua histórica escola platônica e socrática, ressaltavam sempre a importância da vida dos cidadãos em sociedade onde viviam. Até hoje, cultivamos estes Mestres do pensamento filosófico.
Estaríamos empobrecendo com os valores relacionados a nossa vida em sociedade? Quem conduz as rédias da polis, nosso povo, sobretudo, no convívio municipal? Se elegemos, conduzimos o nosso voto para quem cremos nos representar ou, será que direcionamos nossas intenções para o vazio da pretensão velada de um voto estigmatizado ao dizer “tanto faz como fez, todos são iguais”. Sim, deveriam ser iguais na medida em que a igualdade proporcione os devidos empréstimos na solução dos problemas. Aliás são muitos os problemas que as grandes, médias e pequenas cidades vivem. Um deles, diz respeito aos passeios públicos, utilizados por todas as pessoas que transitam pelas margens das vias públicas.
Em primeiro lugar é preciso entender o que é passeio público. No dizer da legislação brasileira, promulgada pelo Congresso Nacional, ele obedece regras específicas e dimensões na medida do que estipulado no Plano Diretor.
Passeio público é considerado parte da via pública, ou seja, parte das nossas ruas e avenidas, normalmente segregado e em nível diferente, não destinado para o trânsito de veículos, reservado à circulação de pedestres e, quando possível, à implantação de mobiliário urbano, equipamentos de infraestrutura, vegetação, sinalização ou outros fins previstos em leis municipais como dito acima, devendo obedecer a alguns parâmetros tais como a)- os passeios públicos terão pelo menos a faixa livre visualmente destacada, destinada exclusivamente à livre circulação de pessoas e sem obstáculos ou qualquer tipo de interferência permanente ou temporária, com largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros) e superfície regular, firme, contínua e antiderrapante; b)- faixa de serviço de, no mínimo, 70 cm (setenta centímetros) de largura, destinada exclusivamente à instalação de equipamentos e mobiliário urbano, à vegetação, a rebaixamentos para fins de acesso de veículos e a outras interferências existentes nos passeios.
Nos trechos do passeio público, formados pelo encontro de 2 (duas) vias, serão asseguradas condições para passagem de pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, bem como boa visibilidade e livre passagem para as faixas de travessia de pedestres. Por fim, a construção, a reconstrução ou o reparo dos passeios públicos deverão prever faixas de piso tátil, ou seja, Deve ser perceptível por pessoas com deficiência visual e baixa visão, e observar requisitos de permeabilidade tendo em vista a drenagem urbana.
Pois bem, se você pretende hoje transitar pela maioria dos passeios públicos, os requisitos acima elencados carecem de forma. Os passeios, ou seja, as calçadas, em Novo Hamburgo, por exemplo, são degradantes. Aliás, diga-se de passagem que a Secretaria de Urbanismo deveria fiscalizar e orientar os proprietários e imóveis, que além dos pedestres, tem os cadeirantes, que em sua grande maioria necessita de piso tátil, plano, sem obstáculos de pavimento firme e sem buracos. Ora o próprio órgão público, ou seja, a Prefeitura Municipal tem em seu passeio público um desbarrancamento há mais de um ano, sem conserto, como exigir dos munícipes, que mantenha suas calçadas planas, sem obstáculos para o tráfego de pessoas e, sobretudo, cadeirantes?
Mais de 90% dos municípios brasileiros, sobretudo, gaúchos, são comandados por prefeitos pouco interessado nestas questões. Despreocupados principalmente com as camadas mais pobres, os deficientes físicos, os limitados pela mobilidade urbana, lembrando-os em épocas como as que vivemos, ou seja, pré eleitoral. Novo Hamburgo é um caos no tocante aos passeios públicos. Muitos sem acesso a cadeirantes, piso totalmente inexistente e quando existente, irregular, o que nos levar a triste realidade da falta de prepara para a gestão da coisa pública o que para nós cidadãos é profundamente lamentável. Por isso estas eleições serão a diferença, se Deus quiser. E-mal – cos.schneider@gmail.com
quinta-feira, 11 de agosto de 2016
A Explosão da Miséria Política
Certamente, a obra de maior destaque de Platão é “A República”. Embora tenha sido escrita por volta de 380 a.C., é particularmente uma obra com conteúdo riquíssimo em termos filosóficos, políticos e, sobretudo, sociais que ainda hoje muito nos ensinam. Nesta questão, se encontrava a busca de uma fórmula que pudesse garantir uma harmoniosa administração em favor de uma determinada cidade, mantendo-a livre das anarquias, dos interesses e disputas particulares e do caos completo de sua polis.
A história contemporânea está a demonstrar uma viva distância estratosférica entre os conceitos da escola socrática ou platônica, face a evolução gradual, através dos tempos, do comportamento vil dos homens a dirigir as polis (cidades) com o principal componente do dirigente político: a ética seguido da moral.
Vive a humanidade sob tempestades cada vez mais extravagantes, não só no Brasil, como em todo planeta, despido destes valores. Não que este artigo pretenda se revestir da história dos grandes pensadores, mas é necessários elencar alguns episódios que nos foram legados pela escrita do tempo. Thomas Hobbes, nascido em 1588 foi um teórico político da sua época, matemático e filósofo inglês, autor de importantes obras, como “Do Cidadão” e o maior clássico deles o “Leviatã” Assegurava ele o maior temor do homem seria a guerra e a matança entre si, considerando o homem lobo do homem, em seu estado natural.
Ora, o que teria mudado ao passar dos tempos que se distanciaram tanto da escola socrática, platônica quanto a hobbesiano, permitindo que os homens se tornassem cada vez mais, a tempestade de sua própria espécie? Longe de seu tempo, o homem tornou-se interesseiro, lobista de si e para si, buscando o poder, a fim de selar o caminho tortuoso na imposição de sua própria vontade subjetivamente encolhida, se ocupando das prerrogativas do poder, na realização de seus desejos afloradas quase como requisito em favor do seu destino. Curiosamente, no lugar do conhecimento, a democracia criou a “opinião pública” e nada mais estigmático que a opinião pública desprovido da lógica.
A verdade é filha do tempo e não das autoridades ou da autoridade, tal qual a igualdade sempre será amada pela mediocridade no mundo político. Não é por outra razão que muitos políticos mentirosos, experimentam verdadeiros orgasmos políticos com as profanadas mentiras entregues ao povo, sobretudo, em épocas de eleições. A pobreza dos homens públicos no comando da coisa público é de uma pobreza inigualável.
Leis são criadas para impor, freios e contrapesos às atividades políticas do agente administrativo da “res” pública. Assim mesmo, os tortuosos caminhos são explorados como dos antigos “Bandeirantes” com suas foices e adagas desbravando as leis e ordens sociais, na busca implacável do desvio, em locupletar seus desejos em submeter a “polis”, o povo, a vontade dos seus caprichos, antes ocultos ou velados. O Brasil, em especial o político brasileiro, com honrosas exceções, se traduz em rica nação em produzir almas malvadas e corruptas. Pobre de suas mães. Eles são agentes a produzir o mal aos poucos “Maquiavel”.
Onde repousariam as vespas daninhas a ferroar com o povo antes de receber qualquer resultado eleitoral que os conduza ao poder? Certamente não seria no parnaso, lugar das Deusas da música, a ecoar suas trompetas de melodias ajustadas na harmonia dos sons! Será o Brasil, um dia País justo, humano, igualitário, em que reverberem as ajustadas melodias da justiça, do bem-estar? A resposta não é simples dada a distância do Brasil Colonial ainda impregnado no seio da sociedade conservadora, ao tempo da escravidão moderna. O Parlamento é a vergonha do país. O Judiciário desgastado pela prática reiterada das injustiças mesmo que inadmitidas. Estados e Municípios caídos nas trevas da malícia e na falta de ética. Esta, somada a moralidade são as pedras de toque da retidão, da probidade. Sejamos justos: será que sabemos votar? E-mail: cos.schneider@gmail.com.
quinta-feira, 4 de agosto de 2016
Família e Sociedade Liberal
Família e Sociedade Liberal
A sociedade moderna caminha na direção oposta aos mais sagrados conceitos e estrutura do princípio na construção pragmática do termo “Família”. Inicialmente é necessário entender que vivemos uma nova era chamado de livre arbítrio, momento em que todos temos o direito escolher pelo melhor modo de vida, seja ele lícito ou ilícito.
Tudo evolui no universo da humanidade e, a ciência moderna também evolui de forma que nos causa grande angustia em razão da cultura humana, todavia, os princípios que norteiam a valorização do homem como gênero humano permanecem intactos.
Tratando-se do termo família, desde o princípio da criação do homem e da mulher no paraíso, foi com este objetivo de união, a causa da geração dos filhos com a garantia na manutenção das gerações atuais e futuras. Assim como o homem tal qual a mulher não foram concebidos para aventuras inadequadas sem previsão de frutos como nos dias de hoje, sem estarem revestidos de compromissos com sua própria criação dos filhos. De tal modo, a família sempre foi e sempre será o sagrado princípio da sustentação dos valores da humana, honestidade, respeito social como fontes de referência no desenvolvimento de qualquer nação.
Diante dos conceitos emprestados pelas mais diversas denominações religiosas, sobretudo, aquelas que trilham a risca a doutrina cristã, estão revestidas do importante papel na formatação familiar entre humanos. Diferentemente do liberalismo moderno, na forma impositiva de conscientização confusa, as diversas religiões, sobretudo, as de natureza cristã laboram no sentido de mostrar o tortuoso e perigo mundo moderno, destrutivo para o ser humano, o que é notório em toda camada social.
Há que se sustentar, até que prove o contrário, que vivemos a desestruturação da família, abrigo de toda humanidade, como vem ocorrendo nos dias atuais, pois ela provém do próprio poder do Estado na designação de políticas inadequadas, tais como, incentivo a liberdade sexual, em vez de conscientização sobre a existência dos perigos da prática libertinagem, na distribuição de preservativos até mesmo nas escolas que a nosso juízo é conduta que causa irreparáveis prejuízos irreparáveis à nossa juventude. Surge desta prática um caminho curto na superação dos valores mais primitivos nascidos da educação familiar, na adoção do liberalismo entre outros caminhos tortuosos na direção da destruição humana, tais como o consumo substâncias psicotrópicas incentivando a prática de outros tantos delitos de natureza danosa.
Assim, vivemos os lamentáveis índices de criminalidades insustentáveis, sobretudo, quando o Estado traz para si o monopólio da segurança pública colocando a sociedade em risco permanente, seja em vias públicas, ou em suas próprias casas. A maioria das pessoas, sobretudo o jovem, muitas vezes, quando ainda criança, até mesmo, menores de 12 anos, estribada pela difusão do próprio liberalismo selvagem como a falsa roupagem de que o ser humano necessita ser livre para “viver a vida” é erro. O Estado também monopolizou o exercício do pátrio poder na educação dos filhos por conta de elementos isolados, momento em que pais desprovidos de sentido humano e cristão exageraram na forma educacional de seus filhos, permitindo a estrutura da libertinagem. Por fim, uma família quando bem estruturada e sadia, é provável que a futura geração também o será, pois somos a imagem e semelhança do próprio criador. E-mail: cos.schneider@gmail.com
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