quinta-feira, 11 de agosto de 2016
A Explosão da Miséria Política
Certamente, a obra de maior destaque de Platão é “A República”. Embora tenha sido escrita por volta de 380 a.C., é particularmente uma obra com conteúdo riquíssimo em termos filosóficos, políticos e, sobretudo, sociais que ainda hoje muito nos ensinam. Nesta questão, se encontrava a busca de uma fórmula que pudesse garantir uma harmoniosa administração em favor de uma determinada cidade, mantendo-a livre das anarquias, dos interesses e disputas particulares e do caos completo de sua polis.
A história contemporânea está a demonstrar uma viva distância estratosférica entre os conceitos da escola socrática ou platônica, face a evolução gradual, através dos tempos, do comportamento vil dos homens a dirigir as polis (cidades) com o principal componente do dirigente político: a ética seguido da moral.
Vive a humanidade sob tempestades cada vez mais extravagantes, não só no Brasil, como em todo planeta, despido destes valores. Não que este artigo pretenda se revestir da história dos grandes pensadores, mas é necessários elencar alguns episódios que nos foram legados pela escrita do tempo. Thomas Hobbes, nascido em 1588 foi um teórico político da sua época, matemático e filósofo inglês, autor de importantes obras, como “Do Cidadão” e o maior clássico deles o “Leviatã” Assegurava ele o maior temor do homem seria a guerra e a matança entre si, considerando o homem lobo do homem, em seu estado natural.
Ora, o que teria mudado ao passar dos tempos que se distanciaram tanto da escola socrática, platônica quanto a hobbesiano, permitindo que os homens se tornassem cada vez mais, a tempestade de sua própria espécie? Longe de seu tempo, o homem tornou-se interesseiro, lobista de si e para si, buscando o poder, a fim de selar o caminho tortuoso na imposição de sua própria vontade subjetivamente encolhida, se ocupando das prerrogativas do poder, na realização de seus desejos afloradas quase como requisito em favor do seu destino. Curiosamente, no lugar do conhecimento, a democracia criou a “opinião pública” e nada mais estigmático que a opinião pública desprovido da lógica.
A verdade é filha do tempo e não das autoridades ou da autoridade, tal qual a igualdade sempre será amada pela mediocridade no mundo político. Não é por outra razão que muitos políticos mentirosos, experimentam verdadeiros orgasmos políticos com as profanadas mentiras entregues ao povo, sobretudo, em épocas de eleições. A pobreza dos homens públicos no comando da coisa público é de uma pobreza inigualável.
Leis são criadas para impor, freios e contrapesos às atividades políticas do agente administrativo da “res” pública. Assim mesmo, os tortuosos caminhos são explorados como dos antigos “Bandeirantes” com suas foices e adagas desbravando as leis e ordens sociais, na busca implacável do desvio, em locupletar seus desejos em submeter a “polis”, o povo, a vontade dos seus caprichos, antes ocultos ou velados. O Brasil, em especial o político brasileiro, com honrosas exceções, se traduz em rica nação em produzir almas malvadas e corruptas. Pobre de suas mães. Eles são agentes a produzir o mal aos poucos “Maquiavel”.
Onde repousariam as vespas daninhas a ferroar com o povo antes de receber qualquer resultado eleitoral que os conduza ao poder? Certamente não seria no parnaso, lugar das Deusas da música, a ecoar suas trompetas de melodias ajustadas na harmonia dos sons! Será o Brasil, um dia País justo, humano, igualitário, em que reverberem as ajustadas melodias da justiça, do bem-estar? A resposta não é simples dada a distância do Brasil Colonial ainda impregnado no seio da sociedade conservadora, ao tempo da escravidão moderna. O Parlamento é a vergonha do país. O Judiciário desgastado pela prática reiterada das injustiças mesmo que inadmitidas. Estados e Municípios caídos nas trevas da malícia e na falta de ética. Esta, somada a moralidade são as pedras de toque da retidão, da probidade. Sejamos justos: será que sabemos votar? E-mail: cos.schneider@gmail.com.
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