quinta-feira, 10 de setembro de 2015
Os Fantasmas Sociais
O mundo moderno dito de maneira geral é sempre um ambiente hostil quando nos vemos envolvidos em situações relacionadas ao nosso bem-estar ou em meio ambiente social em que vivemos. Seja em nosso País, Estado ou Município, a rotulagem de cada cidadão é na medida da ostentação e não pelo seu caráter e sua relação com os valores sociais universalmente aceitos.
O tempo nos cobra as dívidas e erros cometidos ao longo do tempo assim como patrocina os machucados nas quedas que cada errante sofre. Todo mal causado à alguém, volta contra nós como bumerangue ou um consórcio que o tempo implacavelmente contempla a cada um, merecendo o espetáculo nos conflitos individuais contra certos fantasmas.
Em tempos de vacas gordas, a vida é fácil, alegre e confortável. Os amigos são abundantes, o crédito em instituições bancárias são abundantes, ate surgirem os primeiros indícios da perda do poder aquisitivo. Perdeu o sustento, o emprego, a remuneração, os fantasmas a dor, do sofrimento, a angustia ronda os pensamentos e causam furor. Até onde permitimos tais circunstâncias?
Depende da fé em Deus de cada um em suportar as adversidades agora o que era abundante antes. O futuro é implacável em cobrar de cada um, os erros cometidos por conta de desperdício do passado, da falta de planejamento de longo prazo tais como aposentadoria, preparo para a velhice, a manutenção da boa forma física e consequente da saúde, moradia etc.
As fontes de sustentação individual em sua grande maioria advém dos postos de trabalho qualificado ou não, entre eles, que sustentam a máquina da economia global. Quando estas situações faltam ou falecem, nascem os conflitos de toda ordem, tanto individual quanto coletivos, destruindo relacionamentos. Assim podemos afirmar sem medo de errar que o bem-estar social está diretamente associado a satisfação individual em sintonia com o ambiente social que vivemos.
Quando se é jovem, se gasta com tudo o que há de futilidade. Esbanja-se com as bebidas, fumo, bens inúteis, fúteis, etc. Mas o futuro sempre é desprezado em razão da falta de planejamento? Porque agimos desta maneira? Pois bem, não vivemos a realidade cruel que se avizinha implacavelmente entre aqueles mal preparados. A pergunta é: estamos preparados para o nosso futuro bem-estar? A Resposta é quase sempre a mesma: Não.
Todas as pessoas buscam objetivos. Alguns alcançam, outros, desestimulados, desistem de seus sonhos e na medida que as dificuldades se impõe, abandonam-os. Todos querem chegar a velhice. Mas não a qualquer velhice. Depois de muito labutar, todos merecem a devida recompensa pelos anos de trabalho realizado no sustento do dia – a – dia. Mas também é na velhice que todos sofrem os piores preconceitos. O que é a melhor idade? Os 60, 70, 80 anos? A melhor idade é a que vivemos e bem... Muito bem. Chegar a velhice desamparado financeiramente, sem família, sem ocupação, talvez seja a maior das perversões do mundo moderno. O Consumo capitalista e as posses sempre emprestam uma cruel circunstância do julgamento de quem e o que somos.
Se preparar para o futuro, para o momento da aposentadoria, é tão importante quanto estar ocupado em algum posto de trabalho. A paz e a tranquilidade, empresta sabor a vida; harmonia entre as pessoas; convívio feliz. Isto só conseguimos quando este bem-estar individual estiver em equilíbrio entre o indivíduo e o meio ambiente em que vive.
Ser feliz e viver feliz deve ser a regra social. Quantas pessoas vivem doentes deitadas sobre macas e camas enfermas, seja em hospitais ou em casa! Outros a falta de perspectivas para uma vida tranquila e saber onde cada um quer chegar? Leva-se tombos. Erguem-se os ombros novamente e outra vez, o infortúnio se mostra implacável.
A vida nos cobra os erros cometidos no passado e por vezes de forma muito exagerada causando profundas cicatrizes. Somos a nossa própria essência. Cada um de nós, ao longo da caminhada terrena, damos direção e sentido a vida. Se pecamos, no tempo não temos a condição da reparação. Eis que três coisas são irreparáveis e que não voltam mais uma vez proferidas: São elas a palavra dita, a pedra atirada e o tempo passado. Plagiando nosso saudoso Jayme Caetano Braum “Tempo é alguém que permanece misterioso impenetrável que o destino desconhece, por isso que a gente envelhece sem ver que envelheceu. Quando sente aconteceu e depois de acontecido, se fala de um tempo perdido que a rigor nunca foi seu”. Assim, guardar dias para o futuro é sempre uma grande tolice. E-mail: cos.schneider@gmail.com
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