CORDILHEIRA DOS ANDES

CORDILHEIRA DOS ANDES
Complexo Hoteleiro localizado na Cordilheira dos Andes, na estação Valle Nevado em Santiago do Chile - Foto 03.05.2012

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Um Rio Grande Pequeno

Quem viaja Brasil afora de carro apreciando as lindas paisagens e os costumes, e não de avião, descobre algumas particularidades a que o nosso Estado vive, diante dos seguidos fracassos e insucessos econômicos, sociais e, sobretudo, estruturais. Para começar, tratemos da infraestrutura. Nos polos de pedágio da BR 290 Norte também conhecida como free way, em um trecho de 90 km, dois pedágios arrecadam o equivalente a R$ 19,40 (dezenove reais e quarenta centavos) para ir de Porto Alegre até o litoral Norte do Estado. No Estado de Santa Catarina, o mesmo pedágio com o mesmo trecho, com rodovia em excelentes condições de trafegabilidade, o custo do pedágio é de R$ 1,90 (um real e noventa centavos), ou seja, enquanto no Estado vizinho, as cabines arrecadam por cada veículo R$ 1,90 o Rio Grande do Sul carrega mais mil (1.000) por cento sobre o mesmo trecho, cobrando dos usuários da rodovia BR 290 o equivalente a R$ 19,40 entre P. Alegre e Osório. Assim, isola-se o Estado Grande do Sul em pequeno adormecido, doente, na UTI, aguardando a sentença de óbito. Tudo graças aos ditos “O Gringo sabe como fazer”. A Era Rigotto, a Era Brito, foram pífios, negligentes, imprudentes na administração pública do Estado, diferente de Alceu Collares, único governador do século passado que trouxe um pouco do espírito empreendedor e inovação tecnológica ao Estado dilapidado e destruído pelo processo das privatizações e dos PDV´s. Mas voltemos às comparações dos aspectos de infraestrutura e logística entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No tocante aos limites de velocidade nas rodovias federais, o Estado catarinense também dá show. Basta cruzar o Rio Mampituba os limites de velocidade passam de 60KM/h para 110 KM/h, do começo até o fim do Estado pela Rodovia BR 101. Por sua vez quem vem daquele estado deve tomar muito cuidado para não ser apanhado pela indústria da multa. Difícil de acreditar o quanto o Rio Grande do Sul emagreceu em sua dignidade de oferecer aos cidadãos, as devidas condições de trafegabilidade, segurança, garantia e suporte. Ao cruzar o Rio Mampituba, ingressando no Rio Grande do Sul, a velocidade na entrada do Estado cai de 110 km/h para 60KM/h. Isto é de Torres até Osório, onde inicia o trecho da concessão, a velocidade máxima permitida é entre 60, 80 100 KM/h. O trecho Norte no Rio Grande do Sul, sinalizando 60 KM/h ou 80 km/h, o DNIT justifica a redução da velocidade nestes locais como a travessia de pedestres. Pois ora. Será que em Santa Catarina, não teria travessia de pedestres a fim de adequar a velocidade máxima de 100 ou 110KM/h para 80/KM/h? Ademais, nos locais indicados na BR 101 entre Torres e Osório a existência da travessia de pedestres, fica difícil de admitir tal verdade. A travessia de pedestre pressupõe além da faixa de segurança, a abertura de um lado da rodovia ao outro sem obstáculos. Não é o que se verifica nestes trechos, onde a pista é dividida com colunas de concreto ou ainda “guard rayl”. Logo impossível a travessia de pedestres nestes locais indicados. Se não bastasse isso, onde não tem barreiras de concreto para atravessar a BR 101 de um lado para o outro pelos pedestres, em sua grande maioria ao longo da rodovia, a existência de obstáculos intransponíveis como valetas, vegetação cerrada, entre outras. Por fim, os Pardais, Caetanos, Lombadas, que minam as rodovias, cujos aparelhos instalados às margens, representam uma das maiores fontes de arrecadação com multas por excesso de velocidade, mesmo que o motorista usuário das rodovias não ultrapasse a velocidade dos 100 km/h. Não é só nas rodovias federais. Tal comportamento é medíocre, pois são mais de 100 pontos de pardais, caetanos, lombadas espalhados pelo Estado instalados como caça-níquel escondidinhos atrás de postes de sinalização, árvores, etc. As indústrias de transformação sumiram; o desemprego galopante. Queremos de volta um Estado forte, produtivo sem aumento de tributos e pujante e não opressor. E-mail cos.schneider@gmail.com.

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