quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Na Curva do Rastro do Caranguejo.
O Pífio desempenho da economia brasileira patrocinada pelo infeliz modelo de política econômica e social em 2012, levou a reboque alguns estados da federação entre eles, o Rio Grande do Sul diante do crescimento da economia brasileira de 1,4% em 2012.
A projeção do crescimento econômico para 2012 era entre 4,0% a 4,5% na PIOR das hipóteses, segundo o Ministro da Fazenda Guido Mantega. O país amarga, outra vez, triste realidade perdendo para emergentes como o Chile e Colômbia.
O Rio Grande do Sul, por sua vez,embarcou nesta desconfortável nave da recessão com o encolhimento do seu PIB (Produto Interno Bruto)em 13%, o que significa perda de aproximada 15 bilhões de reais. Nada animador o quadro que se avizinha por o ano que vem, caso não sejam adotadas medidas firmes e necessárias como a reforma tributária, política de juros, não tributação dos investimentos entre outras.
O Setor do agronegócio gaúcho por sua vez, foi outro que sofreu mais muito com a crise de mercados internacionais, tanto os emergentes quanto consolidados. Nesta peleia toda, sobrou para o homem do campo amargar em seu bolso perdas equivalentes a mais de R$ 5 bilhões de prejuízos em 2012. Aliás, diga-se de passagem, que o agronegócio tem sido ultimamente a locomotiva da economia brasileira, sobretudo, quando se trata de exportações, em especial dos contratos de “ commodities” que entre 2009 e 2010 levou a bancarrota muitas cooperativas do país em razão da antecipação financeira de suas operações câmbio da bolsa de futuro.
O Vale do Rio do Sinos e Paranhana, por sua vez, sofreram outra vez um revés com a notícia do encerramento das atividades da indústria de calçados Via Uno. Empresa que empregou milhares de funcionários da região e com o encerramento das atividades, certamente entregará o presente de natal grego a seus colaboradores de tantos anos.
Por conta da famigerada guerra fiscal, de incentivos federais e de financiamentos a custo barato aos investidores da região, o Nordeste, Centro-Oeste tem sido a menina dos olhos dos investidores do setor calçadista gaúcho.
Buscar o lucro responsável como forma de remunerar o capital investido, é prerrogativa do capitalismo. Os governos em sua grande maioria, exigem cumprimento de metas do setor privado, mas não fazem a lição de casa. Infelizmente o Rio Grande do Sul tem muito o que fazer ainda neste sentido.
As Administrações Públicas de todo país,por sua vez, repousam suaves e inchadas, admitindo péssimos colaboradores na administração de governo e estado o que culmina na péssima qualidade de serviços, com um número expressivo contaminado pela corrupção, crimes de peculato e prevaricação, etc. Estes são alguns dos ilícitos praticados por agentes da administração pública direta e indireta em todos os entes da federação e da União, salvo honrosa excessão, abarrotando o Poder Judiciário com processos custeados pelo contribuinte, que já dilapidado de suas economias pela alta carga tributária se vê indiretamente envolvido nesta sujeira toda a que todos assistimos diariamente. Alguns setores do judiciário não fogem desta regra, como bem noticiado por alguns veículos de comunicação que circulam pelo país, fora o que não vem a tona.
O que mais preocupa, não é o barulho dos corruptos, mas sim, o silêncio dos justos. Embora fraseologia de um dos pensadores da humanidade, ressalte-se que estamos todos a mercê desta quadrilha que se instalou no do poder político, e os pobres cidadãos contribuintes, reféns da matilha de lobos do poder constituído se vê em suas presas.
Não me parecem nada elogiáveis as ações do Supremo Tribunal Federal, sobretudo, o julgamento da Ação Penal 470 envolvendo os mensaleiros comandados por Brasília. Primeiro, o STF já há muito vem legislando, criando o desconforto ao invadir a competência do Poder Legislativo cuja independência dos três poderes está ferida.
Isto, tão somente para que alguns pousem sob os holofotes da comunicação em detrimento dos que foram utilizados como chupim da corte. Segundo, trata-se de grande vergonha nacional, visto que envolve autoridades públicas, eleitas pelo voto direto e secreto, hoje, na iminência de serem encarcerados por crimes praticados contra a ordem social, política e econômica. Francamente na curva do rastro do caranguejo, sinto vergonha de minha brasilidade. E-mail cos.schnedier@gmail.com
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