CORDILHEIRA DOS ANDES

CORDILHEIRA DOS ANDES
Complexo Hoteleiro localizado na Cordilheira dos Andes, na estação Valle Nevado em Santiago do Chile - Foto 03.05.2012

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O Sonho Infantil

Estamos chegando ao final de mais um ano que somamos à contabilidade da vida, do tempo e dos fatos. Planos, projetos, sonhos são a esperança da concretização dos que encontram no tempo, o sincero desejo por dias melhores. Dias melhores para si, para o seu semelhante e para a humanidade na renovação da Paz e Esperança e, sobretudo, da fraternidade entre os homens a fim de reconstruir aos valores humanos em suas relações.
Natal, símbolo da renovação, da esperança, do renascimento. Do último ao próximo parece uma eternidade a espera pelo retorno quando se alimenta um sonho de criança. O sonho infantil que a modernidade e o consumismo retirou de circulação, encontrava no comportamento dos meninos e meninas quase que um dever de ser bom menino ou boa menina, estudar de forma dedicada, tirar notas boas no colégio, a obediência aos pais, eram valores que certamente seriam recompensado pelo Papai Noel nesta época do Natal.
O trenó do bom velho, símbolo de decoração do horizonte do por do Sol na véspera do nascimento do menino Jesus, aumentava a ansiedade das crianças na esperança por uma lembrança, por mais simples que fosse. O fato é que o momento era esperado como um sonho, um desejo de recompensa e no íntimo do reconhecimento pelo esforço no cumprimento das regras disciplinares impostas na construção dos valores familiares. Um momento de extrema felicidade para crianças e adultos, apesar de alguns pais alimentarem o dogma do presente de grego. Presente não muito acolhedor ao mundo infantil quando do desrespeito ou indisciplina, eram contemplados por uma varinha de marmelo ou até mesmo a falta do presente pelo Papai Noel o que normalmente era fonte de angustia e lágrima para os pequenos pimpolhos ditos “desobedientes”.
Época de maior felicidade em que se valorizava a pureza, a singela solenidade como momento não só de mostrar aos outros a bicicleta nova, a bola número 5, o sapato novo ou ainda uma roupa nova para ser usada nos dias de aula, nos passeios especiais ou ainda para os cultos e missas em cada domingo. Era também para agradecer a Deus por tudo que havia nos proporcionado ao longo daquele ano, embora o desejo sempre por dias melhores.
Em que momento da história da humanidade começamos a declinar? Um click de internet, um apertar de tecla do telefone celular nos abre a janela para o mundo virtual. Viajamos, estudamos e criamos as mais diversas fantasias com as imagens que chegam à tela da avançada tecnologia do computador. Claro que tem seu valor, porém tem seu preço.
O menino ou menina de ontem, o homem e a mulher de hoje em constante conflito de duas épocas na construção de outra geração. Quando mais se fala de paz, mais próximos estamos da guerra. Não as guerras de artilharia, de balas perdidas, canhões, foguetes e aviões. A guerra dos conflitos de valores com os quais por vezes as gerações novas descartam como uma embalagem de produto de consumo. A reunião de família na manutenção e recarregar valores do convívio social, são momentos cada vez mais raros e escassos, pois a internet, as venenosas intrigas de novelas, os conflitos de interesses meramente mercantilistas, arrasam a memória e sepultam a disciplina, a ordem social para o convívio fraterno da humanidade. Que nossos sonhos infantes não acabem nunca. E-mail: cos.schneider@gmail.com Blog: www.carlosotavioschneider.blogspot.com.

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