CORDILHEIRA DOS ANDES

CORDILHEIRA DOS ANDES
Complexo Hoteleiro localizado na Cordilheira dos Andes, na estação Valle Nevado em Santiago do Chile - Foto 03.05.2012

quinta-feira, 12 de março de 2009

Tudo pelo Social

O contribuinte brasileiro recolheu no ano 2008 aos cofres públicos, o montante aproximado de R$ 780 bilhões na forma de impostos, taxas e contribuições sociais. Assim mesmo, os governos das três esferas continuam afirmando da necessidade de remanejar o contencioso tributário em razão dos constantes furos de caixa, sobretudo, os governos estaduais e municipais.
Na Capital federal, a política anda mal. O Senado e a Câmara elegeram pela terceira vez, as velhas raposas, desgastadas, mais pela identidade com o governo Lula do que pela falta de novos líderes. José Sarney no Senado e Michel Temer na Câmara dos Deputados evidenciam o ranço da velha política medieval na manutenção da raiz dos males da república.
Na Presidência da República José Sarney, no primeiro período pós-regime de governo militar sustentava que o povo era o fiscal da lei e criou novos impostos sob a égide de “tudo pelo social”. Obviamente, deu sentido inverso ao que entendemos como “princípio social”.
De modo geral, quase toda ditadura tem o socialismo como base, assim como a democracia tem no capitalismo o sua pedra de toque. O período de transição do Estado Velho para o Estado Novo em 1937 a 1944, comandado por Getúlio Vargas, recomenda reavaliação das políticas públicas socialistas trazidas da Europa, sobretudo, da Itália de Mussolini e da Alemanha de Adolf Hitler.
Verifica-se, entretanto, que a fragilizada democracia capitalista brasileira sobreviveu entre os arautos de “tudo pelo social” como uma falácia entre os que comandam o país. A adoção, de políticas socialistas no período do Estado Novo, se reveste hoje de outra roupagem. Uma espécie de nova ditadura civil em que saímos do regime de governo militar para o governo civil, com debilitadas políticas públicas causando mais estragos que consertos. Outro fato atual inquestionável é que, tanto o capitalismo quanto o socialismo faliram no mundo todo.
Lembram do que dizia Sarney, quando na Presidência da República em 1986, que a criação dos novos impostos se refletia no “tudo pelo social”?. Pois vejam só... O mesmo conclave no poder hoje foi o protetorado de ontem da anarquia social do país. Assim, investidos do mandato hoje, no Congresso Nacional, prometem “moderna” gestão em administração pública, com ultrapassadas propostas de natureza social. O incrível é que, aquele conceito “social” é uma espécie de conta corrente com sangria estratosférico superior a R$ 3 bilhões até dezembro de 2008, saqueados do contribuinte a título de indenizações de”perseguidos políticos”, enquanto as dotações orçamentárias aos hospitais, escolas, estradas, segurança são totalmente abandonadas.
Como “deitado eternamente em berço esplêndido” o país dos coronéis do Nordeste não é o mesmo país dos Caudilhos dos Pampas. Aqui, a história não se confunde com a corrupção de Brasília. E quando presente algum corrupto, este trouxe o modelo da escola acima do Rio Mampituba. Choca, em cada vez que vemos pelas estatísticas nacionais, os parasitas políticos a sugar, como carrapato gordo, o suado dinheirinho recolhido dos contribuintes, na forma de imposto, para pagamento de vergonhosas indenizações.
Que novas políticas teriam os herdeiros do trono da corte brasileira, que há mais de três décadas comandam o país? Que país é este onde morrem 30 de cada 1000 crianças que nascem antes de completar 1 ano de idade? Que país é este que recolhe quase 1 trilhão de reais em impostos, e goza da triste estatística como um dos piores países em educação no mundo? Não há mais espaço para tanta promiscuidade política. Entretanto, neste país continental, o que mais choca é saber que mais de 80% do eleitorado sequer lembra em quem votou nas últimas eleições. Realidade ou ficção, dos cofres públicos continua saindo polpudas indenizações as custas do sangue, suor e lágrima do incrédulo e povo brasileiro.E-mail: cos.schneider@gmail.com

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