Os indefesos contribuintes brasileiros sentem-se estraçalhados em cada passeio ou em cada período de férias. Em todo verão, não importando o meio de transporte eleito, se de carro, ônibus ou moto, os motoristas sempre são considerados os vilões das estradas, na ótica das autoridades de trânsito, em casos de acidentes ou superlotações das rodovias.
Quem busca o refúgio e descanso de final ou começo de ano sobre rodas, acaba se estressando mais do que descansando. Montar no lombo das estradas ou enfrentar longas filas em estações rodoviárias acabam se transformando em aventuras perigosas muitas vezes trágicas diante do estressante modelo de rodovias disponibilizados aos usuários, ou dos serviços públicos rodoviários concedidos. Milhares de veículos novos são colocados nas estradas todos os anos sem que haja melhorias na infraestrutura das estradas. Os carros modernos, com inovações tecnológicas, conforto e segurança, oferecidos pelos fabricantes aos usuários, estes são submetidos a leis punitivas, arcaicas, com imposição de regras mais para aplicar multas ao melhorar do trânsito. Os limites de velocidade em alguns casos são ridículos, submetidos a uma legislação punitiva, em alguns casos combinado com motoristas mal preparados principalmente do ponto de vista psicológico.
Entregues pelo governo e pela iniciativa privada aos usuários de veículos automotores, o oneroso e superado modelo de rodovias está chegando ao limite da tolerância. O que fica difícil de compreender, um país como o Brasil, de tamanho continental desprezar o transporte sobre trilhos ou sobre água, em modelo diametralmente oposto aos países Europeus.
A malha ferroviária, sobretudo, a gaúcha, foi equivocadamente abandonada nos últimos anos, não merecendo mais nenhum tipo de investimento de parte do governo federal ou da iniciativa privada. Tanto para o transporte de pessoas como de carga, o “loby” pela extinção dos modelos de transporte alternativos, foi imposto por grupos econômicos internacionais. Os fabricantes de carretas, caminhões, ônibus e sindicatos entre outros grupos econômicos, pressionaram o setor governamental pela extinção do transporte ferroviário, considerado um meio de transporte barato, ecológico, seguro, tanto de carga como de pessoas. Imaginemos linha ferroviária confortável, com serviço de bordo, que viesse interligar toda costa litorânea gaúcha. Quanto poderia contribuir para desafogar o estressante e o insuportável congestionamento da BR 290 nos finais de semana de verão? Linhas de trem ligando Leste – Oeste bem como Norte Sul, representariam economia astronômica tanto para os cofres públicos quanto para o contribuinte, considerando melhoria substancial do meio ambiente, despoluição do ar e na diminuição dos acidentes rodoviários.
O Rio Grande do Sul, o País dos Gaúchos, possui riquíssimas hidrovias inexploradas para o transporte alternativo pessoas e carga. Seriam tantas as melhorias para descongestionar o torturante quadro de transporte, bastando apenas vontade política para sua implantação. E aqui a sugestão: Já que não temos mais os representantes parlamentares do Vale do Sinos em Brasília, quem sabe o ex-vereador Eugênio Spier, PTB, de Picada Café, político gaúcho, experiente e preparado, possa assumir o cargo deixado pelos ex-eleitos da região para assumir nas eleições de 2010, este ousado projeto? Não só em favor do desenvolvimento do transporte no Rio Grande do Sul, mas também o setor coureiro calçadista e o turismo já que as paisagens dos Pampas oferecem cenário invejável a ser mostrado ao mundo através dos trilhos ou transporte fluvial, além do automóvel. E-mail: cos.schneider@gmail.com Blog.: www.carlosotavioschneider.blogspot.com
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
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