CORDILHEIRA DOS ANDES

CORDILHEIRA DOS ANDES
Complexo Hoteleiro localizado na Cordilheira dos Andes, na estação Valle Nevado em Santiago do Chile - Foto 03.05.2012

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Do Milagre Econômico a Destruição do País

A cidade de Porto Alegre vai concentrar no dia de hoje (24.01.2018) uma das mais importantes “manobras” jurídicas de sua história política recente. Evidentemente nada que se compare a dois séculos passados como Revolução Farroupilha, Revolução Federalista com suas consequências políticas naturais e deprimentos como a Coluna Prestes e outras. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região que reune os três Estados do Sul – RS, SC e PR – vai reexaminar o julgamento que resultou na sentença de Luis Inácio Lula da Silva, ex-Presidente da República, pelo Juiz Sérgio Moro de Curitiba. O que a grande mídia vem divulgando é absolutamente descabido quando diz que Lula será julgado pelo TRF-4. O ex-presidente já foi julgado e condenado a mais de 9 anos de prisão nos termos da própria sentença. O que está em questão é o reexame do resultado do julgamento por uma instância judicial superior para que a sentença seja reexaminada por três juízes (Desembargadores) em busca da manutenção ou reforma total ou parcial do já proferido. O artigo de hoje, não se presta para falar do reexame em si do ex-presidente Lula, mas sim do réu já julgado em primeira instância e condenado, que também é aspirante a candidato a reeleição a Presidência da República em 2018. Este ano, portanto. Lula sempre foi controverso em suas ações comparado ao seu comportamento e pronunciamentos. Ao longo de sua vida política combateu, sobretudo, em seu mandato na Presidência da República, com rigidez e veemência o período de governo militar. Sua sucessora guerrilheira comunista integrante da COLINA, Dilma Vana Rousseff, que invadiu institucionalmente os arquivos históricos e a memória do país, destruindo documentos, fotos, provas que comprovaram as ações terroristas da Vanguarda Armada Popular, Comando pela Libertação Nacional – COLINA, Movimento Revolucionário – MR8, etc, quase que terminou o serviço que faltava. Indiscutivelmente conclui-se que o único perídio que o Brasil foi governado pelo regime Ditatorial foi na era Vargas. Um período conturbado em que os movimentos revolucionários da esquerda comunistas se proliferaram em todo país, só aliviado mais tarde com a intervenção militar em 1964. Diga-se de passagem que neste perídio, o país teve o seu maior crescimento econômico de sua história, sobretudo, no Governo Emílio Garrastazzu Médici. O hoje Réu da Lava Jato no TRF-4, crítico do governo militar, Lula em depoimento publicado no livro Memória Viva do Regime Militar. Brasil 1964-1985 deu a seguinte declaração sobre o governo militar: “… Agora, com toda a deformação, se você tirar fora as questões políticas, as perseguições e tal, do ponto de vista da classe trabalhadora o regime militar impulsionou a economia do Brasil de forma extraordinária. Hoje a gente pode dizer que foi por conta da dívida externa, “milagre” brasileiro e tal, mas o dado concreto é que, naquela época, se tivesse eleições diretas, o Médici ganhava. É o problema da questão política com as outras questões. Se houvesse eleições, o Médici ganhava. E foi no auge da repressão política mesmo o que a gente chama de período ais duro do regime militar. A popularidade de Médici no meio da classe trabalhadora era muito grande. Ora, por quê? Porque era uma época de pleno emprego. Era um tempo em que a gente trocava de emprego na hora que a gente queria. Tinha empresa que colocava perua para roubar empregado de outra empresa...” Continua Lula em seu depoimento “Eu acho que o regime militar, ele com todos os defeitos políticos, com todas as críticas que a gente fazem acho que há uma coisa que a gente te de levar em conta. Depois do Juscelino, que estabeleceu o Plano de Metas, os militares tinham Planos de Metas. O Brasil vai do jeito que Deus quer. Não existe projeto de política industrial, não existe projeto de desenvolvimento. E os militares tiveram a minha opinião, essa virtude. Ou seja, pensar o Brasil enquanto Nação e tentar criar um parque industrial sólido. Indústrias de base, indústrias de setor petroquímica… Isso obviamente, deu um dinamismo. É por isso que os exilados, quando voltaram tiveram um choque com o Brasil. Porque o Brasil, nesse período, saiu de um estado semi-industrial pra um estado industrial...” Este depoimento dado em 03 de abril de 1997, nos remete ao seguinte questionamento: qual era o verdadeiro Lula? Qual era o Lula falso? (se é que podemos dizer que um dia foi verdadeiro ou falso). O fato é que hoje, um dos maiores líderes sindicalistas que o país já teve, pela segunda vez terá sua vida política e administrativa submetida ao crivo judicial. Do milagre econômico do regime militar à destruição do País pelos parasitas que se instalaram no governo da República, o certo é que o Brasil, não sobreviverá sem uma enérgica ação de governo. Do Presidente Médici, durante o regime militar, que promoveu o maior crescimento econômico da história do país, ao perídio atual, vivemos a grande farsa e a mentira social, política, econômica e, sobretudo, moral. O Desastre aplaude as virtudes da decadência dos governantes e políticos do país, sem divorciar o setor do judiciário, viciado e embebido pelas benesses do favorecimento de toda ordem. É o mesmo judiciário, em suas respectivas estâncias, que reexaminará a sentença proferida pelo Juiz da “República de Curitiba”. O TRF-4 estará guarnecido em razão das medidas de segurança por mais de 4.000 homens do Exército, Marinha e Aeronáutica, com cobertura de 300 empresas jornalísticas do mundo, que terá a responsabilidade de submeter a decisão de primeiro grau ao crivo do reexame da corte do Tribunal para que proferir, aquilo que o povo espera que faça, surta como sentimento de justiça, ou seja: mantenha a condenação do carrasco ou “algoz” de Lula, sem saber se de fato estão provadas as alegações que lhe foram imputadas ou não, somente a história do tempo nos dirá a verdade. No Brasil do Teory Zawaski, Celso Daniel, Ulysses Guimarães, Eduardo Campos, não escolhe inimigos da Direita ou da Esquerda. Basta ameaçar o sistema e a sentença natural estará imposta. E-mail – cos.schneider@gmail.com

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