quinta-feira, 25 de maio de 2017
Tempo Real da Informação. Para Quem?
Certa feita o professor, filósofo e pensador Mário Sérgio Cortella proferiu uma frase que muito nos chamou a atenção, ao afirmar que “Se não quiser uma cidade suja, não deposite lixo na urna.” Na mesma esteira, segue o pensador numa linha de pensamento muito singular quando sugere “Cuidado com gente que não tem dúvida. Gente que não tem dúvida não é capaz de inovar, de reinventar, não é capaz de fazer de outro modo. Gente que não tem dúvida só é capaz de repetir”.
A introdução pode ser um pouco exaustiva, mas a importante pergunta que se impõe neste emaranhado e angustiante processo de informação em tempo real é como processar as informações e qual sua importância em nossa tomada de decisões. Obviamente a resposta não é simples diante das múltiplas visões heterogenias concebida pelo tecido social humano.
Voltando ao que Mário Sérgio Cortella sustenta em seus múltiplos pontos de vista, entre eles, os acima transcritos, nos remete ao raciocínio da informação proferida em tempo real no território da política, onde pretendemos projetar as luzes sobre o comportamento dos que protagonizaram e continuam protagonizando as maiores e profundas transformações políticas no Brasil.
“Se não quiser uma cidade suja, não deposite lixo na urna” é sintomático. O lixo a que se refere o Mestre Cortella, é metafórico uma vez que se refere ao voto e não ao elemento físico do papel. Até porque, urna eletrônica não tem papel e se tornou o púlpito da soberania popular, transformando o eleitor em mero instrumento de operação das máquinas eleitorais e não a manifestação da vontade popular. Mas não é esta a questão. Quando da expressão “cuidado com gente que não tem dúvida (...), Gente que não tem dúvida só é capaz de repetir”, é a materialização histórica das ações políticas que eternizam os procedimentos iguais, entre os que deixaram no passado e aos que o assumiram hoje.
Com as reiteradas reformas estruturais, aumento de tributos, matriz emperrada e conservadora da política brasileira, os dogmas das falências institucionais por conta da falta de sustentação econômica, são na verdade práticas reiteradas dos incapazes e incompetentes dirigentes da coisa pública. O Partido do Movimento Democrático Brasileiro – PMDB, Partido da Social Democracia Brasileira – PSDB, Partido dos Trabalhadores – PT, entre outras tantas siglas, todos levaram os Estados e a União à falência, mas não levaram seus partidos a extremidade da exaustão funcional.
No Rio Grande do Sul, a farra começou como Antônio Brito, do PMDB, aumentando a carga tributária dos gaúchos, promoveu as privatizações do patrimônio público de modo espúrio, sucateamento da administração pública, momento em que o Estado perdeu os mais eficientes cérebros da tecnologia gaúcha para o setor privado. Em seguida, o PT de Olívio Dutra, que embora não tenha causado processos de privatizações, nem aumento da carga tributária, mas teve sua gestão maculada por conta do episódio da Ford no Rio Grande do Sul.
Veio a era Rigotto, do PMDB, repetindo os mesmos erros, cometendo as mesmas distorções na administração da coisa pública, não encontrando outro meio de fazê-lo senão aumentando impostos, sobretudo, o ICMS sobre a energia elétrica, telefonia, combustível, e retirando instrumentos de utilização de créditos dos gaúchos evitando compensações tributárias. Transformou o Estado em caloteiro. O Aumento de tributos e o sucateamento da máquina pública do país estão no DNA do PSDB e do PMDB e a Corrupção nos demais partidos, sobretudo, da extrema esquerda.
A governadora Yeda Crusius do PSDB, não fugiu a regra quando em seu governo sustentava ter conseguido o equilíbrio nas contas do Estado, mesmo com um passivo de precatórios em mais de 10 bilhões de reais devidos pelo Rio Grande do Sul. Com a informação em tempo real, o que ela nos vale? Vamos aceitá-la na forma mentirosa como nos é apresentada, ou processá-la? As mentiras prosseguem inadvertidamente com o atual governador do Rio grande do Sul e sustentada, sobretudo, pela corja de políticos de Brasília que jogaram o país no lamaçal e na vitrine mundial da corrupção. Até quando vamos aceitar tudo isso, como passivos inertes cidadãos? E-mail: cos.schneider@gmail.com
quinta-feira, 4 de maio de 2017
Políticos
De onde vem este lixo? Das classes de representações mais repugnante não só do Brasil mas do mundo, a clã política chegou ao limite da intolerância outrora nunca imaginada.
Ele não é fruto do acaso, construído com bases morais, éticos, honestos como proferido em seus discursos mentirosos de campanha. Não. O político é fruto do imaginário popular em trazer para dentro do domínio na administração da coisa pública a mesma pobreza trazida pelo imaginário da corruptela social do voto sujo e corrupto.
Mais especificamente no Brasil, a classe política tem contabilizado índices de credibilidade negativos, em que as eleições se tornaram palco de votos fantasmas, em que o eleitor vota, mas não sabe em quem votou. Escolheu em quem votar mas não sabe se seu voto foi contabilizado em seu candidato. Político tornou-se a escoria social antes atribuída ao mendigo, ao andarilho a navegar em vias públicas como zumbis.
Político não é fruto do acaso. É fruto voluntário da própria sociedade, assim como é da própria sociedade o fruto do bandidismo, dos assassinos, ladrões, contraventores, estupradores. Guardada sua proporção, roubar uma carteira de um cidadão de rua ou roubar lhe o dinheiro do bolso através da legalização de estúpidos impostos, qual a diferença?
A Nação perdeu a referência. Os cidadãos apaixonados por partidos políticos tal qual Edir Macedo, apaixoado pela sua entidade religiosa da Igreja Universal do Reino de Deus, tornou-se ambulante cuja cegueira lhe tirou a luz da razão e da racionalidade. O representado político, em seu vocabulario indulgente e mercenário, através das atitudes eleitoreiras continua e emprestar seu voto a quem não merece ou nunca mereceu, e continua no camando da canalhisse e do deboche da democracia.
Representante e Representado, cidadão ou contribuinte, trabalhador ou aposentado, pagam em medidas iguais contas desproporcionais, contraídas pelos picaretas de plantão tanto de toga, como os honoráveis carinhas pálidas cobertos pela escuridão das galerias palacianas, a surrupiar a paciência, a paz, a serenidade do povo brasileiro.
Somos concebidos sob o manto do sofrimento desde o primeiro sopro de vida e assim nascemos, vivemos, crescemos e morremos sem experimentar as sutilezas que a vida pode nos oferecer, qual seja, a alegria, a serenidade, o bem viver. Nada disso. E vamos passar muitas gerações antes de tudo isto mudar. Talvez um dia, a sensatez nos bata a porta a nos conclamar para o exercício da cidadania, do poder e da soberania popular. A luz se apagou e a escuridão só nos permite deslocar apalpando a esperança.
Percebe-se de solar clareza, que as mais altas autoridades, antes intocáveis nem mesmo pela áspera toga da lei, estão vulneráveis aos intemperes do propinoduto entregue por políticos safados, fruto da tentação não permitida da imoralidade, a pessoalidade, a ausência de ética se procriar no infértil terreno da democracia. Pobre país. E-mail: cos.schneider@gmail.com
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