domingo, 24 de fevereiro de 2013
Mobilidade Urbana da Capital dos Riograndenses
A Cidade de Porto Alegre, capital de todos os gaúchos e gaúchas, será sede de algumas partidas de futebol da Copa do Mundo que se realizará no ano que vem no Brasil, necessitando com urgência a solução de uma série de problemas relacionados a mobilidade urbana além da infraestrutura e logística envolvendo os modais de transporte na terrinha dos maragatos e ximangos.
Confesso que as grandes capitais comandadas por administradores que geram minúsculos e confusos resultados em sua administração se rendem aos caprichos da popularidade, vez mais quando as instituições não governamentais, vozes vivas da sociedade, mais atrapalham que auxiliam na sugestão e solução dos problemas sociais.
A recente questão da derrubada de árvores para alargamento de vias públicas, próximo a Usina do Gasômetro as margens do estuário do Guaíba em Porto Alegre é uma demonstração de que, a sociedade exige as obras de melhoria, mas impõe restrições a si mesma. Quando o Poder Público após detida análise dos impactos ambientais, resolve tomar atitude a fim de executar as obras para melhoria do tráfego de pessoas e automóveis na capital, enfrenta, desta feita, a intolerância e a falta de coerência das organizações não governamentais tentando impedir os necessários avanços neste setor. É coisa de bicho do mato ou gato angorá sem qualquer ofensa aos bichinhos.
A barbárie e a loucura do trânsito de Porto Alegre iniciam nos acessos, não importando de que lado se chega. O tão desejado e necessário anel rodoviário está abandonado. O trem ou o bonde ou terrestre poderia ser boa parte da solução da mobilidade de Porto Alegre. Ademais, com tantos automóveis despejados no mercado de consumo a cada ano, é necessário que as grandes cidades e a maioria das rodovias estaduais e federais sofram urgente reestruturação a fim de adequar a infraestrutura e a demanda da logística não só para a capital, mas para todo o Estado do Rio Grande do Sul e do Brasil.
Chego a conclusão que nós humanos somos o nosso próprio problema. Primeiro porque neste modelo medieval da democracia representativa, de representatividade democrática nada tem. A obrigatoriedade do voto é a síntese da imposição eleitoral ditatorial. Vota-se no administrador público, elege-se os incompetentes, tanto para o executivo quanto para o legislativo e, passados os anos do mandato, verificada a incapacidade dos legisladores e dos administradores públicos, e diante do maravilhoso mundo da corrupção, na volta das eleições, os mesmos incautos se elegem, pelo mesmo voto que os criticou e denunciou. Dá para entender. Somos o nosso próprio problema. Se o voto é democracia e se a democracia é poder do povo para o povo, porque o povo sofre tanto com tantos corruptos nos cargos públicos?
Entra eleição passa eleição os mesmos problemas, os mesmos políticos, os mesmos eleitores e os mesmos cargos em comissão. Até quando? Não existe critério plausível a ser admitido que justifiquem a eleição de tantos incompetentes. Eles, os eleitos sabem de suas fragilidades, mas não admitem tais fragilidades. “O povo que se lixe. Eleito, farei o que der e o que não der darei desculpas mesmo que mesquinhas e esfarrapadas”.
Os bobos da corte encenam o teatro no palco das eleições quando o eleitor vai as urnas eletrônicas brincar com os botãozinho em cada eleição. O resto a máquina faz, destina o voto, indica quantos serão desviados do candidato “X” para o candidato “Y” e, quantos serão eleitos e quem será eleito. Assim o dever da “democracia” não será mais dever e o exercício democrático. Será a imposição para que os cargos mais importantes da administração pública sejam ocupados pelos abomináveis oradores de plantão manipuladores dos ainda crédulos e interessados eleitores. Enquanto isto, somos compelidos a acreditar que os problemas de mobilidade urbana não tem solução ao passo que a solução está nos problemas que a sociedade impõe a si mesma. E-mail: cos.schneider@gmail.com
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