domingo, 17 de fevereiro de 2013
As Tempestades Aéreas nos Céus do Brasil
Ante o reinício ritualístico de cada ano, o país só volta a produzir a partir da festa pagã do carnaval momento em que o povo se deleita sob as orgias do prazer, da dança e do ópio (sim, porque todos se extasiam diante da festa mais popular do Brasil).
Durante o mês de janeiro, viajando pelo Nordeste brasileiro, a triste realidade dos aeroportos fica escancarada. “Não só de pão vive o homem”, ou seja, não só da aviação vive o país mas o desenvolvimento econômico e social passa necessariamente pela infraestrutura e logística do país que tem como meta crescer em torno de 4,5% em 2013.
Inquestionavelmente as tempestades que pairam sobre os céus das companhias aéreas no país, são turbulentas. Pela retrospectiva do merco aéreo, controlada até bem pouco tempo pela DAC – Departamento de Aviação Civil e, hoje ANAC, nos permite afirmar que a aviação no Brasil sofre do vírus das falências e das mutilações, tal como a aviação Argentina.
O Brasil da Transbrasil, da Vasp, Cruzeiro, Varig era servido nacional e, internacionalmente pelas gigantes da aviação brasileira cuja competitividade crescente no mercado nacional e internacional se tornava cada vez mais evidente. A Varig – Viação Aérea Riograndense, foi a última extinta patrocinado por séquitos plantonistas governamentais ávidos por abocanhar a fatia de mercado pertencente a ela.
A Aviação brasileira tinha na extinta Varig (sobraram pedaços no mercado que vem se arrastando para se sustentar) a escola de aviação brasileira com ramificações no mercado mundial servindo em muitos casos como pontos de embaixadas no exterior aos brasileiros.
Ora... A aviação não se cria sólida no país por razões políticas. Há quem diga dos reflexos da má gestão de algumas companhias aeres extintas que vinham operando no mercado econômico brasileiro como no caso da Varig e da Vasp de Canhedo, sofreram as consequências da intervenção governamental pela sua extinção. Pode até ter contribuído quando já em situação letal constituída. Entretanto há que se destacar que um ex-deputado, arrebanhado pelo seu “caráter” prestativo. como chefe do gabinete da presidência da república do governo Lula, processado pelo Supremo Tribunal Federal na Ação Penal 470 (leia-se mensalão), patrocinou nos bastidores do mercado financeiro a extinção da escola de aviação civil no Brasil.
Aliás tivesse sido cumprida uma decisão judicial irrecorrível vencida pela Varig em processo tributária em que o governo foi derrotado, teria se mantida operando no mercado sólida. O patrocínio das tempestades sobre a aviação civil no Brasil, não pararam.
Operando em situação crítica com o arrasto das demissões em massa, a Gol vem espremendo o sangue de sua estrutura administrativa e financeira a fim de se manter no mercado como sucessora da antiga Varig em quase toda sua estrutura. A TAM, cujo o envolvimento societário de ex-ministro do governo federal resolveu correr para não sofrer as mesmas consequências das companhias anteriores falidas, se associando a LAN Chilena. Aliás, frize-se que o ano de 2012 foi o ano do maior número de falências dos últimos 15 anos.
A única companhia aérea que opera no azul até o momento a custa planejamento de longo prazo, é a Azul. Com quase 80% dos voos servindo o mercado nacional, sobretudo, o aeroporto Viracopos está sob sua senda. O fato é que a realidade da aviação civil do Brasil não é nada animadora, bastando ver as fusões de companhias aéreas nacionais e internacionais criando as gigantes da aviação com qualidade de serviços e estrutura cada vez mais comprometedoras, sobretudo, quando se aproxima a realização dos jogos olímpicos, copa do mundo e a atração de novos investimentos econômicos brasileiros. Queira o Grande Arquiteto do Universo que se tenha uma nova visão política a deitar sobre a aviação brasileira e que os órgãos governamentais não sejam as determinantes do afastamento de novos investimentos no país como tem se constatado nos últimos dois anos como vem ocorrendo. E-mail: cos.schneider@gmail.com
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