CORDILHEIRA DOS ANDES

CORDILHEIRA DOS ANDES
Complexo Hoteleiro localizado na Cordilheira dos Andes, na estação Valle Nevado em Santiago do Chile - Foto 03.05.2012

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Demcoracia de Aparência

O mundo da política é realmente uma incógnita em que nem tudo o que parece ser é e nem tudo é o que parece ser. Nas apostas de quem pode ser o melhor e o mais preparado para governar o Rio Grande do Sul os melhores não são os que despontam nas pesquisas eleitorais publicados pela mídia comprometida com o poder.
Quando a lei estabelece regras e condutas a serem seguidos no processo eleitoral, estas devem ser respeitadas. Não é assim? A resposta é negativa. Mais do que grave, preocupante. Explico. Porque a gravidade? Esta semana ouvi quase todos os candidatos ao governo do Estado em entrevistas de programas de rádio e televisão. Fui tomada da sensação de tristeza do que constatei nos bastidores. Aliás não é só nos bastidores pois certa emissora do Rio Grande do Sul já convenceu até alguns magistrados da corte eleitoral gaúcha que quem sabe elaborar regaras de debate é ela e mais ninguém.
Na segunda feira desta semana, a coordenação do programa CQC que vai ao ar todas as segundas feiras a noite pela TV Bandeirantes de São Paulo, passou boa parte da noite procurando pelo candidato do PMN Carlos Schneider a fim de que sua coordenação confirmasse em correspondência eletrônica a fim de dar ciência de que os produtores daquele programa tiveram no Estado gravando participação dos candidatos Yeda Crusius, Tarso Genro e José Fogaça e não teriam encontrado (sic) os demais postulantes ao governo entre eles Pedro Ruas, Monteserra Martins, Aroldo Medina e, sobretudo, Carlos Schneider, a fim de gravar com os mesmos uma participação no CQC. Claro que estão esperando até agora a tal resposta. Ainda bem que a matéria não foi ao ar. Queira Deus que o povo dê sua respsota nas urnas em 03 de outubro dando um basta a estes privilegiados comportamentos não votando em candidatos projetados pelas pesquisas midiáticas.
Mas, até aqui, é de se entender que a mídia aponte seus holofotes sobre quem dispõem polpudas verbas publicitárias. Quem sabe, um deles eleito governador saberá destinar as verbas publicitárias do Executivo a quem os “auxiliou” privilegiadamente nas “suadas” campanhas eleitorais enquanto ela continua enganando o eleitorado com as maquiadas pesquisas eleitorais favorecendo três candidatos.
O que preocupa quando estes fatos são praticas por órgãos públicos como, por exemplo, a AJURIS – Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul. Esta semana, esta associação promoveu em sua sede, um debate entre os “candidatos que estão em primeiro lugar nas pesquisas” ao governo do Estado. Onde está escrito isto na lei eleitoral? Preocupa-me e muito este comportamento. Trata-se de uma entidade que deve primar pela ordem legal eleitoral ao invés de privilegiar conduta contrária. A lei eleitoral manda que todos os candidatos que tem representante no Congresso Nacional sejam convidados oficialmente a participar dos debates políticos. É ordem dirigida a todos os seguimentos sociais, inclusive imprensa e Ajuris. Neste país, não se respeita mais a lei e a confiança que se tinha nas instituições oficiais se enfiou no saco da viola e se extraviou. Como esperar que o povo seja ordeiro, quando os que editam e praticam a ordem legal a desrespeitam? Interina: Rosângela Schneider. E-amil:cos.schneider@gmail.com

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