Por longos períodos da história do Brasil, seus cidadãos puderam observar em épocas específicas, o cuidado e preocupação dos governantes das três esferas com a proteção da saúde da população especialmente nos períodos de carnaval, fóruns sociais entre outros.
Nota-se nestes eventos a farta distribuição de tantas porcarias que para nada mais servem senão a incentivar a prostituição. Não se trata da distribuição de alimentos, mas o consumo de camisinhas, algemando cidadão pagador de impostos a financiar tais irresponsabilidades. Não precisamos nos distanciar muito a fim de constatar tais eventos. Novo Hamburgo, São Leopoldo, Canoas, cidades em nossa volta que servem de modelo... sim... modelo de como se deve financiar e incentivar a prostituição e a promiscuidade com o dinheiro público. Enquanto isto, professores, policiais, funcionários públicos de modo geral, muitos deles pais de família com responsabilidades, há anos pedindo por melhores salários momento em que os governos procuram sufocar tais pretensões, uma vez que se trata de reivindicação justa.
O assunto se agrava quando tratamos da saúde das pessoas. A falência do sistema de saúde pública compromete cada vez mais os modelos de gestão dos entes políticos. Não é a toa que o Brasil ocupa o 123º lugar como o pior modelo de saúde pública se comparado com 125 países do mundo (vide publicação 25.09.2009). E quando se perde a esperança pelo restabelecimento estrutural e funcional dos hospitais públicos chegamos ao fim do tunel. Morrer de apendicite, em pleno século XXI é algo inaceitável. Pior... Morrer de apendicite num hospital público é tratar o ser humano como escória da humanidade. Pois foi e continua acontecendo no Hospital Municipal de Novo Hamburgo. Enquanto o prefeito municipal e o secretário da saúde estão preocupados em socorrer o Haiti na remessa de remédios, MÉDICOS, dinheiro para aquele país... os mesmos se prestam também a financiar a prostituição com a farta distribuição de camisinhas adquiridas com o dinheiro do contribuinte que serão distribuídas durante os festejos do carnaval. Enquanto isso, os contribuintes, continuam morrendo nas macas jogadas nos corredores dos hospitais como bichos. Pior... Pela absoluta negligência funcional dos profissionais da saúde pública deste hospital.
Entre tantos casos absurdos que acontecem no Hospital Municipal de Novo Hamburgo, necessário registrar mais um óbito. Desta feita a morte do hamburguense Adilson de Lima e Silva. Adilson, esposo de Elisa Schneider, foi baixado no Hospital Municipal de Novo Hamburgo em 27.01.10 com fortes dores abdominais. Dois dias antes, porém, passou por procedimento clínico em posto de saúde de Novo Hamburgo, chamado de “postão”. Com a baixa hospitalar, ficou dias agoniando jogado sobre uma maca no corredor do Hospital, vindo a falecer em 08 de fevereiro de 2010 em decorrência da apendicite aguda. O fato não mereceu sequer uma linha no barulhento e parcial jornal local, pois tais absurdos são rotina neste hospital.
Mesmo que a esposa do falecido vá a justiça buscar a reparação do irreparável, a fim de amenizar o sofrimento dos dois filhos e o seu mesmo, nada trará Adilson de volta. O Hospital Municipal de Novo Hamburgo precisa de urgente investigação e se o caso exigir, a intervenção dos órgãos públicos como do Ministério Público, Secretaria da Saúde e ainda Ministério da Saúde. Não foi o primeiro caso de negligência. Outras tantas pessoas ainda serão vitimadas caso não sejam tomadas as providências necessárias. Do contrário, o prefeito vai continuar muito em auxiliar o Haiti; a farta distribuição de camisinhas no carnaval; enviar médicos para auxiliar os países estrangeiros enquanto que os filhos da terra padecem do mínimo quando mais precisam da intervenção do estado, no caso de doenças. E-mail: cos.schneider@gmail.com
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
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