CORDILHEIRA DOS ANDES

CORDILHEIRA DOS ANDES
Complexo Hoteleiro localizado na Cordilheira dos Andes, na estação Valle Nevado em Santiago do Chile - Foto 03.05.2012

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

O Povo e a Soberania

Durante muitos anos temos sustentado em nossos argumentos jornalísticos e em pronunciamentos políticos que o político seria o reflexo do seu povo eleito. Quando anunciamos isto não se fez nada além de afirmar a lógica sustentada pelas três esferas do Poder Constituído longo dos olhos da Constituição Federal e na calada da noite, vertem seus efeitos. A responsabilidade dos danos causados ao país, será que só dos componentes que integram a esfera política de cada país? Ou deve ser compartilhada com quem outorgou-lhes a legitimidade para ocuparem suas cadeiras legislativas. A resposta não é simples e deve merecer várias correntes doutrinárias de cientistas políticos. Contudo o nosso está muito claro e sem muitas entre-linhas, senão vejamos. O Povo é soberano e exerce sua soberania por meio do voto. Ora se a soberania do voto é a expressão do poder, logo a Democracia exige responsabilidades compartilhadas e vigilância constante sobretudo quem recebeu a outorga do poder tanto legislativo, quanto executivo. Os tecnocratas palacianos (não são nada mais que isto) arrecadadores de votos e de salários, emprestam ao mandato atos que se caraterizam o estúpro a democracia. Não? Claro que sim. Mais de dois milhões de assinaturas foram colhidas em resposta a rejeição da chamada “PEC da Miséria”. Contudo, o Congresso Nacional rejeitou os dois milhões de cidadãos, eleitores, aptos e capacitados ao manifesto da livre expressão do pensamento, e avançou em sua aprovação. Podemos chamar isto de Democracia, ou “poder do voto”? O Caso do polêmico Projeto de Lei que trata das medidas anticorrupção, a população se manifestou contrária em todo Brasil, porque atenta contra o que chamamos da ordem constitucional do poder de governar. Juízes, Procuradores da República, Desembargadores poderão sofrer penas severas ao patrocinarem em seus atos constrangimento aos “nobres” e “honrados” deputados ou senadores da república tupiniquim. O Povo novamente foi às ruas protestar porque acaba com a impunidade e a roubalheira que tomou conta deste país. O Estado Democrático de Direito nunca existiu. Sempre foi uma farsa. Na maioria das vezes invocado por pilantras de plantão sob o argumento de que estariam eles afeitos aos interesses da sociedade. O parlamentar estaria sob efeitos da coação contrário aos interesses da sociedade? Então não há soberania popular. O que nunca se falou ou sempre se omitiu a que sociedade esta gente se refere? Podem ser sociedades secretas, organismos maquiavélicos e pilantras como a OAB e outras, que foram bancadas corporativas nas duas casas legislativas ou podem ser os próprios “dignos” parlamentares? A verdade é que o povo só é chamado a se manifestar para prestar “serviços” que, ao sair de casa, deixa seu lar, seus afazer para servir de fantoche nas chamads urnas eletrônicas para ouvir o sonoro impulso das inverdades e das mentiras na escolha de candidatos. Sim, o povo soberano há muito deixou de soberano, sobretudo, quando foi chamado a sujar os dedinhos para o registro da biometria eleitoral e ainda, para ser debochado por políticos safados e corruptos, sob a tutela de Ministros do Superior Tribunal Eleitoral afirmando categoricamente que não há como fraudar “urna eletrônica”. Pobres sociedade, apática, omissa, inerte e incrédula. Povo e Público não são as mesmas figuras. O Povo carrega identidade e, não é o caso dos brasileiros. Público bate palma a tudo que utopia, e é facilmente conduzido a um labirinto de idéias impraticáveis e destruidoras. A pergunta é: quando este povo vai acordar? E-mail: cos.schneider@gmail.com Blog: www.carlosotavioschneider.blogspot.com

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