quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
Vícios de Eleições
A cidade de Novo Hamburgo a exemplo de Eugênio de Castro, Erechim, Tucunduva, entre outros municípios, terão novas eleições em março deste ano em razão do indeferimento das candidaturas dos seus respectivos titulares ao executivo municipal que venceram as eleições em 07 de outubro de 2012. As razões das novas eleições se explicam e causam espanto diante da triste realidade que desembarca sob o casco deteriorado do comportamento humano.
Em Novo Hamburgo mais especificamente, concorreram nas eleições de 2012 três candidatos e nestas eleições suplementares (e não eleição nova) apenas dois candidatos comparecem para disputar o Executivo Municipal. Um, será o candidato lançado pelo PMDB tendo como Vice- Preito candidata do PDT uma sopa de letrinhas oportunistas preocupados em tomar cargo público. O outro candidato, foi o que deu causa a eleição suplementar, pertence ao PT com chapa pura tendo como vice prefeito um deputado estadual, desvinculado com a história de Novo Hamburgo, acompanhados por um vagão de letrinhas de partidos sem identidade.
Segundo a jurisprudência dominante no TSE – Tribunal Superior Eleitoral - o candidato que deu causa a nulidade à eleição anterior, deverá ter seu registro indeferido nas eleições suplementares pelas razões já sabidas.
Se eleição suplementar atende a lei eleitoral a fim de obter o mesmo resultado da eleição anterior, porque não manter o resultado anterior evitando gastar os parcos e necessários recursos do erário além de tempo apenas para satisfazer capricho pessoal? Na tentativa de desafiar o sistema eleitoral, o candidato causador da nulidade, não deveria merecer severa punição por tal atitude?
O que espante é a ousadia, afrontando os sagrados mandamentos não apenas eleitorais, mas também constitucionais. Ciente de que o arcabouço jurídico é composto de normas e leis, não pode o candidato caçado concorrer novamente. O mínimo que o postulante do PT poderia ao menos é respeitar o eleitor e poupá-lo ao sacrifício, coercitivo, em comparecer novamente às urnas. Imagine-se afrontando a ordem jurídica visivelmente, o que deve esperar o eleitor de Novo Hamburgo quando estes estiverem investidos do poder político.
Afinal, quem se importa com o comportamento amesquinhado? O voto será exercício em mais um esforço do eleitor e ninguém mais se lembrará, em breve, do que aconteceu no palco que já foi no passado o terceiro maior arrecadador de impostos federais e hoje ocupa o nono lugar, graças aos sucessivos erros cometidos pelos administradores da cidade ao longo dos últimos 20 anos.
Por seu turno, o PMDB com sua máquina política, oriundo do antigo MDB do Senador Pedro Simon, confunde barbaramente a administração pública da privada, conforme extraídos nos debates do candidato postulante ao cargo do executivo de Novo Hamburgo. Aliás, o PMDB não proporciona boa lembrança e impressão quando administra à “res pública” da cidade, do Estado e do País. O Vale do Calçado, por exemplo, mergulhou em profunda crise, patrocinado por graves erros praticados, a principiar pelo então Governador Antônio Brito.
Pois bem. Segundo Luiz Felipe Pondé em sua obra “Guia Politicamente Incorreto da Filosofia” que recebi gentilmente do meu amigo Aquillino Dalla Santa Neto que foi nosso candidato a Vice-Governador nas eleições de 2002, sustenta que “o mundo do intelecto é uma moradia que tem muitas casas, e quase todas tomadas por canalhas”. As muitas casas da política brasileira estão tomadas por eles. Ora, em primeiro lugar, os partidos políticos não deveriam ser a referência da lisura, da ética, no lançamento de candidatos dos que respeitam a lei? Segundo, os partidos políticos sem identidade que vão a reboque dos partidos que encabeçam as chapas majoritárias, desqualificados, como o Partido Trabalhista Brasileiro – PTB, Partido Social Cristão – PSC (talvez o mais interventor dos partidos brasileiros), o Partido da Renovação do Trabalhador Brasileiro – PRTB não deveriam exigir este comportamento a reivindicar cargos? O único partido ausente das coligações nas eleições suplementares de novo Hamburgo é o Partido da Mobilização Nacional – PMN por desestruturado e sem comando no Rio Grande do Sul.
Deus, o Grande Arquiteto do Universo, nos livre das tortas e frágeis colunas erigidas em Novo Hamburgo, comportamento que tanto desprestigia seus cidadãos, eleitores e, sobretudo, o arcabouço jurídico. O episódio de eleições suplementares já ocorreu em 2005, quando na ocasião o candidato que deu causa a nulidade concorreu novamente nas eleições suplementares e, ganhou. O Circo está armado. A cena se repete no picadeiro das eleições sob o olhar beneplácito da plateia transformado no palhaço da arena. E-mail: cos.schneider@gmail.com
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