CORDILHEIRA DOS ANDES

CORDILHEIRA DOS ANDES
Complexo Hoteleiro localizado na Cordilheira dos Andes, na estação Valle Nevado em Santiago do Chile - Foto 03.05.2012

sábado, 17 de novembro de 2007

COMO CAPTURAR PORCOS SELVAGENS

A confiança entre as pessoas é construída peça por peça por longos anos. Entre a grande massa dos movimentos sociais, nos é permite dar relevo a certas analogias que se caracterizam no reino animal, cujas conseqüências são perfeitamente previsíveis. Os grupos sociais delimitados, emprestam importância que precisam ser analisados de forma imparcial que permitam a conclusão de um perigoso caminho que a sociedade brasileira vem trilhando.
Havia um professor de química em um grande colégio com alunos de intercâmbio em sua turma. Um dia, enquanto a turma estava no laboratório, o professor notou um jovem do intercâmbio que continuamente coçava as costas e se esticava como se elas doessem. O professor perguntou ao jovem o que o incomodava. O aluno respondeu que tinha uma bala alojada nas costas, pois tinha sido alvejado na luta contra os comunistas de seu país, que estavam tentando derrubar o governo e instalar um novo regime. Uma espécie de "outro mundo possível". No meio da sua história ele olhou para o professor e fez uma estranha pergunta: - O senhor sabe como se capturam porcos selvagens? O professor achou que se tratava de uma piada e esperava uma resposta engraçada. O jovem disse que não era piada. Continuou ele: - Você captura porcos selvagens encontrando um lugar adequado na floresta, colocando algum milho no chão. Os porcos selvagens vêm todos os dias comer o milho que lhes é oferecido. Quando eles se acostumam a vir todos os dias, você coloca uma cerca, mas só do lado em que eles se acostumaram a vir. Quando eles se acostumam com a cerca, eles voltam a comer o milho e você coloca um outro lado da cerca, por onde eles escolheram passar. Mais uma vez eles se acostumam e voltam a se alimentar do milho. Você continua desse jeito até colocar os quatro lados da cerca em volta deles com uma porta no último lado. Os porcos que já se acostumaram ao milho fácil e às cercas, começam a vir sozinhos pela entrada. No momento em que eles estão dentro do cercado, fecha-se a porteira e captura-se o grupo todo. Assim, em um segundo, os porcos selvagens perdem sua liberdade. Eles ficam correndo e dando voltas dentro da cerca, mas já cercados perderam sua liberdade e são presa fácil para o abate. Reacionários imediatos, mas logo, voltam a comer o milho fácil.
Uma vez cercados, controlados e enjaulados eles ficarão tão acostumados que esquecerão como caçar na floresta por si próprios, e por isso aceitarão a servidão que a partir da cerca lhes será imposta. O jovem então disse ao professor que era exatamente isso que ele via acontecer em alguns países mundo afora, inclusive no Brasil. Com a bala incômoda alojada em suas costas, disse o jovem em intercâmbio, que não existem países que crescem, se desenvolvendo oferecendo programas de servidão. O governo está espalhando o "milho" gratuito na forma de programas de auxílio renda, bolsas família, impostos variados, estatutos de "proteção", "cotas" para estes e aqueles grupos sociais, "subsídios" indecorosos para uma série coisas, "pagamentos" para não plantar, programas de "bem-estar social", medicina e medicamentos "gratuitos", sempre novas leis atribuindo generosos conceitos e necessidades plantadas, que alimentam senão o dono das cercas, dos selvagens presos. Tudo ao custo da perda contínua das liberdades, da dignidade da vida espalhando migalhas e mais a migalhas. O que dizer daqueles que não vêem mais perspectiva da vida!
O jovem estudante de química, garante no auge de sua expectativa por mudança de comportamento, que não se trata de comparativos dos aspectos físicos humanos com os animais selvagens. Trata-se isto sim, o modo de como se captura, com ideologias fictícias, presas fáceis para consumação do controle sobre movimentos reacionários, pelos quais passou a humanidade. Montada a cerca, a comida será fácil, mas o comportamento e a liberdade estarão apenas nas lembranças perdidas.

Nenhum comentário: